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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um em cada cinco adolescentes pratica bullying no Brasil


A prática, mais comum em grupo e entre meninos, tem como vítima 7,2% dos estudantes consultados em nova pesquisa do IBGE feita com alunos do 9º ano

 

O bullying é um dos vilões da adolescência, que envolve quase 30% dos estudantes brasileiros – seja praticando ou sofrendo a violência caracterizada por agressões verbais ou físicas, intencionais, aplicadas repetidamente contra uma pessoa ou um grupo. Mas a grande maioria desse total, 20,8%, é formada por agressores. Ou seja, um em cada cinco jovens na faixa dos 13 aos 15 anos pratica bullying contra colegas no Brasil. O índice é destaque da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) 2012, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram entrevistados 109.104 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental (antiga 8ª série), de um universo de 3.153.314, grupo no qual 86% dos integrantes estão na faixa etária citada.

Leia também: Mais da metade dos adolescentes brasileiros já provou bebida alcoólica

Os outros 7,2% são vítimas desse tipo de abuso. “A grande diferença entre os dois índices reforça a ideia de que essa é uma prática comum em grupo, geralmente, contra uma pessoa”, explica Marco Antônio de Andreazzi, gerente de Estatísticas de Saúde do IBGE. O perfil dos agressores também aponta para uma predominância masculina: 26,1% dos meninos praticam bullying, em comparação com 16% das meninas. Também são eles os que mais sofrem a agressão (7,9%), em relação a elas (6,5%).
A Pesquisa de Comportamento de Saúde em Crianças em Idade Escolar (HBSC, na sigla em inglês), feita também em 2012 em 41 países da Europa e América do Norte, mostra que a prática se torna menos frequente à medida que as vítimas ficam mais velhas: 13% dos alunos de 11 anos diziam sofrer bullying na escola, número que caiu para 12% entre os de 13 anos e para 9% entre os de 15.

 

Uma das consequências comuns dessa violência é psicológica, e leva ao descontentamento da vítima quanto à própria imagem, por exemplo. “Tanto o déficit como, principalmente, o excesso de peso, podem gerar insatisfação e até mesmo distorções em relação à forma como o próprio corpo é percebido”, destaca o estudo do IBGE. Esse é um problema que atinge principalmente as meninas. Cerca de um terço delas (31,1%) dizia estar tentando emagrecer, mas uma proporção bem menor, de 19,1%, respondeu que se achava gorda ou muito gorda. Para acelerar esse processo, 6,4% revelaram ter chegado a induzir o próprio vômito ou tomar laxantes – prática característica de distúrbios alimentares, como a bulimia. Por outro lado, entre os meninos, a prioridade era ganhar peso para 19,6% dos entrevistados, e 8,4% deles admitiram ter recorrido a medicamentos sem orientação profissional com esse objetivo.


Saúde – Na verdade, tendo ou não crises com o próprio corpo, o que a maioria desses adolescentes precisa mudar são os hábitos alimentares. Entre os entrevistados, 41,3% contaram consumir guloseimas (doces, balas, chocolates, chicletes etc.) em cinco dias da semana ou mais. Em contrapartida, somente 30,2% afirmaram comer frutas com a mesma frequência. Já o refrigerante é presença constante na vida de 33,2% deles, e os biscoitos salgados e doces para 35,1% e 32,5%, respectivamente. Também foi questionada a oferta de alimentos nas cantinas das escolas, e constatou-se que os salgados de forno estavam disponíveis para 39,2% dos estudantes, enquanto as frutas eram acessíveis a apenas 10,8%.
Além disso, a atividade física ainda não é um hábito para a maioria dos adolescentes – mesmo que, nesse quesito, esteja incluída a aula de Educação Física obrigatória no currículo escolar. Para a pesquisa, o IBGE considerou até o percurso feito entre a casa e a escola, desde que a pé ou de bicicleta, somando no total 300 minutos por semana (cerca de 1 hora por dia, durante cinco dias). Mesmo assim, 69,9% foram considerados insuficientemente ativos ou inativos e só 30,1% foram classificados como ativos. Os meninos se movimentam quase duas vezes mais do que as meninas (39,1% ante 21,8%). Mas quando o assunto é TV, nenhum deles se salva. A PeNSE 2012 mostra que 78% deles assistem a duas horas ou mais de televisão por dia, hábito considerado extremamente sedentário. “É uma atividade muito passiva, e um estímulo ao consumo de alimentos não saudáveis”, enfatiza Andreazzi.


Violência – Os jovens entrevistados pelo IBGE também falaram sobre a violência em seu cotidiano. Cerca de 6,4% deles disseram ter se envolvido em brigas com armas de fogo nos 30 dias que antecederam a pesquisa, e 7,3% com a chamada arma branca (faca, por exemplo). Em ambos os casos, os meninos tiveram uma participação maior, 8,8% e 10,1% respectivamente, quase o dobro na comparação com elas. Os estudantes de escolas públicas também se envolvem mais em brigas do que os da rede privada: 6,7% ante 4,9%, no caso das armas de fogo. A violência, muitas vezes, começa em casa. Mais de 10% desses adolescentes disseram ter sido fisicamente agredidos por um adulto de sua família. Nesse caso, o ataque às meninas é mais comum (relatado por 11,5% delas) do que aos meninos (9,6%).
O instituto também abordou a violência no trânsito. O estudo lembra que acidentes dessa natureza “constituem uma das principais causas de morte e hospitalizações de adolescentes e jovens no Brasil”. Apesar de a legislação brasileira só permitir a condução de veículos por maiores de 18 anos – e devidamente habilitados –, 27,1% desses adolescentes com idades entre 13 e 15 anos afirmaram ter o costume de dirigir um carro. Cerca de 16% dos estudantes consultados disseram não ter o costume de usar cinto de segurança e 22,9% deles admitem ter sido transportados em um veículo dirigido por alguém que havia consumido bebida alcoólica. Itens de segurança também são dispensados no caso das motos: 19,3% declararam não usar capacete.


 

Finding Kind: para acabar com o bullying entre meninas!


Campanha viaja pelos Estados Unidos para conscientizar meninas sobre a importância da gentileza


Você já deve ter visto o filme Meninas Malvadas (Mean Girls). Enquanto a trama engraçada mostra situações absurdas entre um grupo de meninas no colégio,o problema que gera as cenas tragicômicas é real e é sério. O bullying ou o assédio moral entre meninas dentro das escolas é uma realidade cruel, especialmente nos Estados Unidos.

 

Por terem passado por experiências marcantes e ruins na época da escola, que duas americanas, Lauren Parsekian e Molly Thompson criaram a Kind Campaign. Formadas em cinema, as duas resolveram viajar pelos Estados Unidos para espalhar gentileza e consciência sobre esse problema feminino. 

Durante a viagem, as duas, com a ajuda de suas mães, gravaram o documentário premiado Finding Kind. As imagens do filme mostram a realidade desse problema, que pode ter consequências sérias. No site sobre a causa, Lauren dá seu depoimento:
– A época mais difícil foi quando um grupo de amigas se virou contra mim. Eu tinha medo de ir à aula e minhas notas começaram a cair. Lutei contra a depressão e cheguei ao ponto de tentar suicídio.

Lauren e Molly, atualmente, viajam pelos Estados Unidos para ministrar palestras sobre o assunto, falar com meninas sobre gentileza e mostrar o documentário. A causa recebe o apoio de marcas como a Element, que criou uma linha de roupas da Kind Campaign.

Meninas, sejam gentis. 




quinta-feira, 16 de maio de 2013

Em vídeo, menino de 12 anos reclama de bullying e impressiona no discurso contra homofobia!

Boa tarde!

   Então, amigos.. Quem acompanha o Blog sabe que eu não costumo postar publicações desse tipo.. Essa é mais uma matéria sobre uma criança que está sofrendo bullying por conta de pessoas preconceituosas que questionam a sua condição sexual. Até aí, nenhuma novidade! Mas, me chamou a atenção a coragem e a ousadia deste menino de 12 anos por usar a sua condição de celebridade e 'jogar no ventilador' a sua indignação com tal clareza de ideias que, realmente, impressiona.. Impossível não se emocionar!
E sim, ele está certo! É, realmente, um vídeo deprimente, mas não pelo seu desabafo, pois foi a maneira que ele encontrou para gritar a sua dor! O que é, extremamente, deprimente, inaceitável, repugnante.. É que, ainda, exista esse tipo de perseguição que não acrescenta nada de positivo à ninguem! Pois é como ele mesmo disse: "Chamar alguem de Gay não faz de você mais hétero." E desta vez, não pouparam uma celebridade de, apenas, 12 anos! E depois, se ele é ou não Gay.. Isso, verdadeiramente, não é da conta de ninguem!!!!! Eu espero, sinceramente, que ele encontre o seu caminho, seja qual for! E que seja muito feliz!

Lamento profundamente que as crianças sejam expostas à este tipo de sofrimento.. Na realidade, à qualquer tipo de sofrimento! Mas, eu sempre acreditei que nada é por acaso.. E se essa é a história de vida dele, é aí que reside a sua força. E ele está usando a sua fama em prol de uma causa! Que Deus o abençoe \o/

Bom, vamos à matéria!

Um abraço,
Ellen Bianconi



Theo Chen, de Cingapura, é alvo de ofensas por publicar vídeos em que aparece dançando
    


."Sabe o que é perturbador? Que isso venha de mim, que tenho 12 anos e já sei disso", comenta Theo em vídeo.



 Um garoto de 12 anos que virou uma celebridade na internet por publicar vídeos em que aparece dançando e dublando músicas de sucesso decidiu usar a mesma ferramenta para desabafar sobre bullying que tem sofrido justamente pelos vídeos que publica.

Theo Chen, que vive em Cingapura, costuma fazer vídeos editados para suas danças e dublagens de artistas como Bruno Mars, Justin Bieber e Pink. O material rendeu ao garoto uma série de comentários agressivos, sobretudo os que o chamam de gay.

Em um vídeo intitulado "Gay", Theo desabafa. Sem as edições normais de seus vídeos de música e dança, o garoto mostra uma clareza de ideias que impressiona pela pouca idade ao reclamar das agressões verbais que vem sofrendo, inclusive de quem ele considerava amigo.

— Eles só querem fofocar sobre mim também com dez mil pessoas se eu sou gay ou não. E honestamente, eu não sei. Vocês querem saber quantos anos eu tenho? Tenho 12 anos de idade. E vocês me chamam de gay. Honestamente, neste momento eu não sei. Mas quem se importa se eu sou gay? Achei que este fosse um mundo livre.

Ele reclama que os comentários não o tratam como gay apenas na internet. A fofoca e o tratamento agressivo se espalharam também entre os colegas de escola.

— Querem saber? Se qualquer um de vocês assistir a isso e eu me tornar gay, espero que vocês sejam cabeça aberta sobre isso, ok? Agora, eu gosto de meninas. Não penso que seja gay no momento. Não que haja algo de errado em ser gay. Não acho que a humanidade deva julgar as pessoas pela sexualidade porque não é certo.

Para Theo, aqueles que o ofendem deveriam analisar as pessoas pela personalidade delas e não pela sexualidade.

— Muitos de vocês vão ver este vídeo e pensar "sim, ele definitivamente é gay. Não me importo. Fiz este vídeo para pedir a vocês para que pensem sobre o que dizem. Porque está atacando meus nervos, é torturante. As pessoas fofocam sobre mim. E, sabe, não me apreciam por quem eu sou.

Theo manda ainda um recado aos veteranos da escola onde estuda, para que parem de julgá-lo. Segundo o garoto, os comentáros que surgiram em sites chamando-o de gay o motivaram a fazer o vídeo.

— Sabe o que é perturbador? Que isso venha de mim, que tenho 12 anos e já sei disso. Eu deveria estar aproveitando a escola, mas não estou, porque as pessoas falam de mim o dia todo. E isso realmente me incomoda. Então, por favor, podem parar?





Fonte: http://noticias.r7.com/educacao/noticias/celebridade-na-internet-menino-de-12-anos-reclama-de-bullying-e-impressiona-no-discurso-contra-homofobia-20130514.html






terça-feira, 2 de abril de 2013

2 de Abril - Dia Mundial de Conscientização do Autismo!

^^ Impossível não fazer alguma menção com relação à este dia.. Afinal,

Ser diferente é normal!



“Para conviver é preciso conhecer”: faça parte dessa campanha que alerta e informa as pessoas sobre o Autismo. Compartilhe esta mensagem!
Conheça a lei que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm





¬¬ Que momento lindo! Impossível não se emocionar.. 

 A cantora Katy Perry emocionou o público presente no show beneficente "Night Of Too Many Stars", promovido por um canal de TV norte-americano com o intuito de arrecadar fundos para escolas e instituições voltadas para crianças diagnosticadas com autismo. No concerto, Perry fez um dueto na canção "Firework" com a menina Jodi DiPiazza, que tem apenas 11 anos e foi diagnosticada com um severo grau de autismo ainda bebê. Submetida a um intenso tratamento de terapia musical, a garotinha se desenvolveu e hoje toca piano, canta, e tem como uma de suas maiores ídolas a cantora. A apresentação, emocionante, arrancou lágrimas da plateia e foi destacada por Katy Perry como "o momento mais importante de sua carreira". Assista ao vídeo em inglês:


 



Fonte: https://www.facebook.com/crianca.nao.e.brinquedo


João Pedro Roriz: Combate ao bullying


Rio - No dia 7 de abril de 2011, o Brasil assistiu às lamentáveis cenas de sofrimento transmitidas da Escola Municipal Tasso da Silveira, onde doze adolescentes foram brutalmente assassinados por Wellington Menezes, um homem com doenças psiquiátricas. Revelou-se que o assassino sofrera bullying na mesma escola em 2001 e teria começado a planejar a realização de um ataque após assistir aos Atentados de Onze de Setembro.

Baseada nessa informação, a Câmara Legislativa do Estado do Rio de Janeiro aprovou a Lei que orienta as escolas cariocas a realizar todos os anos, na primeira semana de abril, a ‘Semana de Combate ao Bullying’. O projeto chega atrasado e não possui, por parte da Secretaria de Educação do Estado, uma agenda clara de atividades e, o mais importante, verbas para a contratação de agentes e profissionais para a realização de eventos educativos e culturais que envolvam alunos e professores. O poder público admite com esse evento o vácuo de poder nas escolas, o que oportuniza a prática da violência. Parece louvável, mas ainda é muito pouco. Os estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo estão muito mais evoluídos, pois investem dinheiro em atividades de prevenção contra o bullying como treinamentos e adoções de livros.

Enquanto isso, o Rio ainda busca remedinhos caseiros para “tratar” um fenômeno socioeducativo que se assemelha a um câncer. É possível escutar verdades ditas pelo poeta Tasso da Silveira – homônimo da escola marcada pela tragédia: “Um país de perfumes e de encanto, em que de um vago luar o tênue manto, amacia tudo”.

Espera-se que a ‘Semana de Combate ao Bullying’ evite novas tragédias como o massacre de Realengo – que revelou a falta de segurança nas escolas e equívocos do sistema educacional – ou tudo não passará de um 1º de abril.
Escritor e jornalista. Autor de ‘Bullying – não quero ir pra escola’

Fonte: http://odia.ig.com.br/portal/opiniao/jo%C3%A3o-pedro-roriz-combate-ao-bullying-1.566919

Depois de Lúcia (2012): o sofrimento por trás do bullying.


Cineasta Michel Franco se inspira em experiências pessoais para construir um drama premiado em Cannes.


 Depois de ter passado por diversos festivais, chega ao Brasil o filme que tem como tema uma dos assuntos mais polêmicos abordados pelos jovens hoje, o bullying. Dirigido por Michel Franco e vencedor da mostra Un certain regard no Festival de Cannes 2012, o mexicano “Depois de Lúcia”, conta a história de Alejandra (Tessa Ia) que, com a morte de sua mãe, Lúcia (que não aprece, mas que dá nome ao filme) vai morar com o pai, Roberto (Gonzalo Veiga Jr.) em uma nova cidade para recomeçar a vida após a tragédia que se abateu na família.

A moça de 15 anos começa a frequentar a nova escola e logo faz amizades. Porém, durante uma festa, ela se envolve sexualmente com um colega de classe gerando um grande alvoroço entre os amigos, se tornando assim alvo de piadas pela escola. Envergonhada, a menina não conta nada para o pai, que passa por uma profunda depressão, e, à medida que a violência toma conta da vida dos dois, eles se afastam cada vez mais, com a menina sofrendo torturas físicas e psicológicas.

Atualmente, o bullying é foco de debates na mídia e escolas no mundo, mas durante o longa é possível perceber que tal agressão vai além das brincadeiras exageradas entre alguns jovens. O machismo e a falta de abertura para um diálogo mostra uma triste realidade que, não só os jovens do México, mas todos que passam por situações semelhantes sofrem em silêncio. Muitas vezes, autoridades e familiares não reparam na mudança e nas consequências geradas por esses abuso, como depressão, síndrome do pânico, baixa auto estima e os nítidos problemas de alimentação e estresse.

O diretor Michel Franco não poupa nas cenas em que Alejandra sofre com a rejeição dos amigos. A ausência da trilha sonora e as cenas realistas podem gerar comparação com um documentário, levando o espectador a se comover com a situação que se encontra a garota. A crueldade dos colegas é brutal, visto que, por um motivo torpe, Alejandra passa por torturas e humilhações daqueles que se diziam seus amigos e, como aparentes “donos da verdade”, a tratam com indiferença e a julgam como uma “prostituta barata”.

O impressionante é que em pouco tempo toda a escola está contra Alejandra, tornando a sua permanência no local uma tortura constante por todos os lados. Ninguém ao redor da moça percebe o que se passa com ela. O pai, devido à tristeza com a morte da esposa, não nota o sofrimento da filha. Professores , funcionários e autoridades não se preocupam e preferem acobertar o bullying sofrido pela aluna e levar a situação como uma simples implicância passageira.

Durante toda a história, o longa é conduzido para se levar uma reflexão sobre a postura da sociedade e alertá-la sobre os problemas enfrentados pelos jovens, além de ter um desfecho inesperado que surpreende o espectador. Acompanhar o ponto de vista de uma pessoa que sofre bullying nos faz perceber como pode afetar a vida de alguém de forma concreta e permanente, sendo necessária uma atenção especial da sociedade sobre o assunto.

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Adriana Cruz é formada em Relações Públicas pela Faculdade Paulus de Tecnologia e Comunicação (FAPCOM), aspirante a cineasta e estudante de roteiro cinematográfico. Correspondente do CCR em São Paulo.

Fonte:  http://cinemacomrapadura.com.br/criticas/292480/depois-de-lucia-2012-o-sofrimento-por-tras-do-bullying/


terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

O tratamento típico do bullying no projeto de Código Penal



Resumo: O artigo ora delineado tem o escopo de, objetiva e simplificadamente, examinar as propostas de tipificação do bullying (intimidação vexatória) no Projeto de Novo Código Penal, através da análise breve do art. 148 do Projeto.

Palavras Chave: Direito Penal. Bullying. Intimidação Vexatória. Projeto de Novo Código Penal.
Nos últimos anos muito se discutiu acerca do bullying. Em todos os lugares, a palavra passou a povoar o imaginário popular como designadora de humilhação, intimidação, associada às práticas daqueles que se valendo de achincalhamentos da honra ou mesmo violações à integridade física, constrangem outras pessoas, por vezes, por puro sadismo, por vezes, com o escopo de abalar a convivência social de quem porventura os desagrade. Notadamente, o bullying serviu para especificar as manifestações entre e para com adolescentes de tais condutas lesivas a bens jurídicos, cujo potencial ofensivo desvela-se, nessa etapa, sobrelevado, em razão dos danos que podem ser gerados no desenvolvimento hígido do jovem que se vê vítima de um bully.

Trata-se de conduta que há muito existe, tendo sido sempre relatada e reproduzida na vida e na ficção. Entrementes, seu estudo e objetivação enquanto fenômeno psico-social é recente, datando, sobretudo, do período que sucedeu episódios como o massacre de Columbine (E.U.A). Passou-se a perscrutar com maior acuidade o fenômeno da violência entre os jovens e a o desenvolvimento de relações de força e poder em que, muitas vezes, alguns são vítimas de agressões e humilhações constantes (mesmo diárias).

Ante a repercussão atinente ao bullying, percebeu-se que o Estado deveria velar pela proteção dos infantes vítimas de tal espécie de conduta, não só porque a guarda de direitos fundamentais é seu dever, como também, porque, em última instância, salvaguardar a juventude se amalgama à proteção da própria comunidade e do crescimento pátrio. Nessa toada, a Comissão demonstrou preocupação derredor da questão, propondo a criação do tipo penal de intimidação vexatória. Percebe-se a existência do cuidado de expor na linguagem pátria o nomen juris, contribuindo para o acesso à informação normativa. Destarte, propõe-se a positivação do tipo penal de intimidação vexatória no art. 148 do Código Penal, como uma das condutas cerceadoras da liberdade individual, in literis:

“Intimidação vexatória
 
Art. 148. Intimidar, constranger, ameaçar, assediar sexualmente, ofender, castigar, agredir, segregar a criança ou o adolescente, de forma intencional e reiterada, direta ou indiretamente, por qualquer meio, valendo-se de pretensa situação de superioridade e causando sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial:
Pena – prisão, de um a quatro anos.
Parágrafo único. Somente se procede mediante representação”.

Percebe-se que o precípuo escopo da Comissão, ao elaborar o tipo penal da intimidação vexatória foi proteger a criança e o adolescente, razão por que apenas sujeitos em uma dessas faixas etárias poderia ser sujeito passivo do delito. O crime pode ser efetivado mediante intimidação, constrangimento, ameaça, assédio sexual, ofensa, castigo, agressão ou pela só segregação de criança ou adolescente e forma intencional e reiterada. É dizer, trata-se de tipo penal que consubstanciará crime habitual, materializando-se apenas com a perpetuação da conduta no tempo. Vê-se que o tipo penal é complexo, admitindo a perfectibilização do tipo, apenas acaso seja causado sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial.

Ante o exposto, percebe-se que o Projeto de Novo Código Penal, na esteira das discussões hodiernas, propõe a tipificação do bullying, sob o nomen juris intimidação vexatória, a fim de dissuadir comportamentos de intimidação, constrangimento, ameaça, assédio sexual, ofensa, castigo, segregação e agressão de criança ou adolescente, reiterada, direta ou indiretamente, por qualquer meio, valendo de pretensa situação de superioridade e causando sofrimento físico, psicológico ou dano patrimonial.
 

Informações Sobre o Autor

Rudá Santos Figueiredo Advogado Criminalista Militante, Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia, Pós-graduando em Ciências Criminais pelo Juspodivm-IELF


Fonte:  http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=12654

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Minha perspectiva sobre o bullying - Por Nick Vujicic


Ao longo da minha vida eu vi que o bullying é real e parte do lado escuro da natureza humana. Bullying tem estado conosco desde que o pecado existe.

 

 

O próprio Jesus foi vítima de constante intimidação por parte de seus inimigos. Quando o sumo sacerdote interrogou Jesus antes de sua crucificação, um funcionário do templo bateu Jesus no rosto por se atrever a falar a verdade. Jesus não recuou por causa desses perseguidores religiosos. Em vez disso, ele exigiu saber por que o oficial o tinha atacado.

Jesus estava nos ensinando que não se deve ceder ao ser intimidado ou perseguido. Devemos colocar nossa fé em ação, estar contra aqueles que nos intimida e nos persegue e mais ninguém, e exigir ser tratado com justiça.

Quando criança, eu era um alvo fácil para os valentões. Na escola, eu era constantemente insultado com comentários dolorosos e mesquinhos por meus colegas. O que foi pior, ninguém me defendeu.
Por que eu fui intimidado? Eu nasci sem membros. No entanto, eu não acho que foi um grande negócio até que eu tivesse seis anos de idade, quando comecei a levar a carranca do mundo. Ouvi nomes cruéis, centenas de vezes. Eu não acho que foi engraçado, mas muitos pensavam o contrário. Enquanto sorrindo por fora, por dentro eu estava gritando por uma saída. Com a idade de 10, eu ainda tentei suicídio, tendo perdido toda a esperança e aparentemente sem um propósito na vida.
Hoje, eu viajo pelo mundo falando para dezenas de milhares de jovens. A partir de sua resposta, é evidente que ninguém está imune a ser intimidado. Não há um grupo da sociedade que não é afetado pela fofoca, provocando o ódio, injúria e difamação.

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Como um menino e como homem, minhas experiências com os valentões me deixaram sentindo intimidado, deprimido, ansioso, estressado e doente. Eu não contei a meus pais que eu passava por isso, porque eu não queria aborrecê-los. Eu pensei que eu poderia lidar com isso sozinho, mas eu estava errado. Eu deveria ter dito a eles desde o início. É uma lição que quero compartilhar com meu público, especialmente com os jovens.

As vítimas de bullying precisam de ajuda. E os pais devem ensinar seus filhos a serem samaritanos compassivos e bons, a se pronunciar se vir alguém sendo maltratado.

A Bíblia nos diz como Jesus respondeu a pergunta: "Quem é o meu próximo?" oferecendo a história de um homem que foi roubado, espancado e deixado para morrer na estrada. Duas pessoas passaram sem oferecer qualquer tipo de ajuda, mas um terceiro, que era de Samaria, foi em seu auxílio. O samaritano tratou dos ferimentos da vítima, e levou-o para um hotel onde ele se importou com ele. Antes de sair, o samaritano deu o dinheiro homem e prometeu voltar para vê-lo. Depois de contar a história, Jesus perguntou quem era o vizinho verdadeiro? A resposta foi o que teve misericórdia pela vítima. Jesus, então, disse: "Vá e faça o mesmo."

Eu conclamo os pais a ensinar os filhos a "Ir e fazer o mesmo." A Bíblia nos ensina: "Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você." É a Regra de Ouro, um dos princípios mais básicos da vida cristã. Ele anda de mãos dadas com "Ame o seu próximo como a si mesmo" e com a garantia de que, como nós tratamos os outros, Deus nos tratará da mesma forma.

Deus nos quer fazer a coisa certa, e que inclui nunca deixar outra pessoa sofrer se você pode ajudá-lo. Como filhos de Deus, espera-se que ajudemos um ao outro. Ficar parado e ver alguém ser perseguido e intimidado não é um comportamento cristão.

Igualmente importante, os pais das crianças que são maltratadas devem encarregar-se de ajudar os seus filhos na fé e alcançar. É sobre ter fé em Deus e sendo usado por ele em seus talentos e sua finalidade para amar os outros da maneira que Deus os ama. É sobre a tratar as pessoas com bondade e gentileza, pois reflete o amor de Deus dentro de nós.

Devemos colocar nossa fé cristã em ação e se juntar aos que estão de pé contra o bullying e outras formas de injustiça social.

Eu não posso esconder o fato de que eu não tenho braços e pernas. Levou tempo, mas estou orgulhoso de quem eu sou. Eu não preciso ser atlético, popular, ou com braços e pernas para mostrar o amor e para dar uma mão amiga.

Todos nós podemos ser mais compassivos. Se ninguém defendeu você, então defenda outra pessoa. Minha missão e propósito é ajudar as crianças que estão sendo vítimas de bullying. Minha mensagem é simples: Se um homem sem braços ou pernas pode superar desafios como bullying, qualquer um pode.
Além disso, é a coisa cristã a fazer.

Nick Vujicic é um palestrante motivacional e diretor da Life Without Limbs. Nascido com deficiência física severa (ele não tem braços nem pernas), Nick tornou-se uma grande inspiração para pessoas ao redor do mundo, regularmente falando para grandes multidões sobre superação de obstáculos e realização de sonhos. Um residente de longa data da Austrália, ele agora vive no sul da Califórnia com sua esposa. Ele contou sua história e foi entrevistado em vários programas de televisão em todo o mundo, incluindo "20/20", "60 Minutos" e "The 700 Club".

 

Fonte:  http://portugues.christianpost.com/news/minha-perspectiva-sobre-o-bullying-14321/



segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O bullying nosso de cada dia


Autor: René Amaral

Por que os Bulidos se Tornam Bulidores

Sempre fui uma criança diferente, mesmo hoje aos 55. Durante a infância temporal, entretanto, era mais diferente ainda, emocional e instável e como se não bastasse, com uma condição econômica inferior a de meus colegas, eu não me encaixava em nenhum grupo. Estudava (com meus estudos pagos por minha afluente madrinha) numa escola cara, experimental, para crianças de classe média alta e abastada. Como se não bastasse, era TDAH (Transtorno de Deficiência de Atenção e Hiperatividade), coisa que só foi totalmente definida como transtorno muito recentemente, na década de 80; na época (Anos 60/70) chegaram a me diagnosticar com desrritimia cerebral. Minha inteligência sempre foi considerada acima da média, mas meus resultados acadêmicos, na maioria das matérias que não me apaixonavam (matemática, física, química, biologia), sempre foi medíocre, ou ridiculamente abaixo da média. Como se não bastasse, a minha capacidade de prestar atenção a absolutamente tudo a minha volta, menos o que realmente importava no momento, foi rapidamente percebida pelos meus algozes, e entendida como a sinalização da fragilidade que excita os valentões (detesto anglicismos) sempre à espreita da identificação de qualquer forma de 'fraqueza'. Como nunca levei desaforos para casa, era comum ter uma ou duas brigas por semana, e passava um considerável tempo na sala de D. Estella, do SOE (Serviço de Orientação Educacional) esperando para ser admoestado por minha capacidade de me meter em encrencas. Professores são os maiores aliados dos valentões, não me pergunte por que.

Com o tempo, passei a me isolar, o arranjo da sala era distribuído conforme a ordem alfabética, e sendo eu um R (René) sentava-me no fundo da sala. Lá, passava as aulas que não me despertavam paixão, desenhando nas ultimas páginas dos meus cadernos, que jamais viram uma anotação de matéria sequer, eu era muito distraído para isso; o que aprendia, das aulas que me interessavam, foi por osmose, e admiração pelos professores. Méritos especiais para D. Magnólia (português), Aldemir (História ) e José Luiz (Geografia). Esse isolamento, combinado a outros fatores, me levaram sempre a estar entre os grupos minoritários, os nerds (na época CDFs, Cús de Ferro) eram mais acolhedores, ou tolerantes, que os mais intensamente físicos de meus colegas, mas mesmo entre eles, a diferença era grande.

Sofri intensamente nos primeiros dois ou três anos, as provocações naturais entre calouros e veteranos não pararam quando me tornei veterano e cheguei a ser humilhado e espancado por calouros, mais fortes e em maior grupo que eu sozinho. Era constantemente ridicularizado por colegas e mesmo desconhecidos. O adolescente é algo assim como um animal selvagem, que pelo cheiro, ou outro mecanismo, identifica a fragilidade de suas presas e prontamente parte para o ataque. A facilidade de me levar às vias de fato, me rendiam sempre punições e castigos, que eram poupados aos que me intimidavam, eles eram normais.

Quando, no meu 3º ou 4º ano nesta escola, entrou na turma, transferida de outra escola, uma pessoa igualzinha a mim, não por ser TDAH, mas por ser diferente e frágil, e por ter uma aparência física que não despertava simpatias, a Elisa, me senti revigorado. Era a minha chance de sair do foco da crueldade (inconsciente e inconseqüente, mas mesmo assim, crueldade) dos colegas. Eu desenhava muito bem e tinha algum dote para a caricatura, e comecei, logo eu, a intimidar e bulir com a colega. Fazia cruéis caricaturas no meio do quadro negro, das quais muitas vezes os próprios professores riam (como eu disse, os maiores cúmplices dos valentões são os professores e orientadores) e meus colegas se deleitavam. Só que isso não aliviava a pressão sobre mim, continuava alvo de brincadeiras cruéis e agressões, a turba ignara que pode ser um grupo de adolescentes é como uma matilha de lobos, capazes de tudo, até mesmo contra os semelhantes, nessa matilha eu era o ômega (*). Quanto mais me intimidavam, mais cruel eu mesmo me tornava com minha colega, coitada, com menos condições de se defender que eu.

Essa condição perdurou enquanto estive nessa escola. A medida que o tempo passava eu percorri o calvário do Hiperativo, isolado pelos colegas Alfa (os rapazes preferidos das garotas) e pelos Beta (os CDFs), a condição de Ômega me levou a frequentar, cada vez mais, o grupo dos excluídos, dos marginais (no sentido de viver à margem). Drogas, isolamento e misantropia. Passava horas na biblioteca, chegava a matar as aulas que não me interessavam para ir para a biblioteca ler, e não ter que disputar espaço no recreio com os que queriam me intimidar, havia cansado das brigas.

Cansado de brigas e intimidação, mas ainda inconsciente do mal que eu mesmo era capaz de causar e havia efetivamente causado. Condição que só mudou, já na idade madura, quando em sessões com a sapientíssima psicoterapeuta, Dra. Suely Engelhardt, fui diagnosticado, ainda que tardiamente, como TDAH, e levado a conhecer, no processo de terapia, os recônditos mais sombrios de mim mesmo (coisa de todos nós, independente da condição clínica). O valentão mora em nós, a covardia é condição si ne qua non para a intimidação. Da parte dos valentões e da parte dos perseguidos. Da parte dos valentões a covardia é aquela mais pérfida, unem-se (como se fosse necessário) para perseguir e humilhar o perseguido; da parte deste, vem a covardia de não querer se defender, e a consequente,a posteriori, covardia de se aproveitar das mesmas condições que o levaram a ser alvo de perseguição.

Em recente encontro para comemorar 35 anos da formatura de nossa classe tive a chance de reencontrar, alguns dos valentões e minha vítima. Eu havia perdoado, mas não esquecido o que eu passei; mas a doçura e infinita bondade dessa que era vítima da minha cruel covardia, me mostraram o que mais me incomodou, ela havia me perdoado e esquecido o mal por mim perpetrado.

Dedico com carinho esse texto a minha bondosa colega, a Elisa.

*(Os lobos se organizam naturalmente em matilhas para manter a estabilidade e ajudar na caçada. As matilhas são geralmente grupos de três a sete lobos liderados por um macho alfa e uma fêmea alfa - ou casal alfa. A partir daí, os filhotes do casal e possivelmente lobos mais jovens sem parentesco compõem o resto da matilha.

O líder da matilha não é necessariamente o macho alfa. A fêmea alfa pode liderar em certos grupos, uma vez que a classificação dos lobos se baseia na força e na capacidade de ganhar lutas. Embora outros lobos dentro da matilha possam copular quando as presas são abundantes, o casal alfa normalmente é o único a se acasalar. Várias lobas na mesma matilha podem, no entanto, causar problemas porque lutam umas com as outras com mais freqüência do que os machos.

O lobo beta vem a seguir. Eles atuam como o segundo em comando, tomando posse caso o macho alfa morra e possivelmente acasalando também com a fêmea alfa. Quando um alfa fica fraco ou muito velho para liderar a matilha de maneira eficaz, o lobo beta pode desafiá-lo para uma briga, depois da qual o vencedor assume o comando.

No degrau inferior da escada, está o lobo ômega, que é o mais fraco e com o qual a matilha menos se preocupa. Aviltado por outros membros, o lobo ômega recebe a violência da agressão no mundo dos lobos, particularmente durante brigas entre matilhas. Às vezes, esse antagonismo culmina no ponto em que o lobo ômega deixa a matilha e parte para viver isolado do grupo. Mas o lobo ômega também instiga a brincadeira entre os lobos para aliviar as tensões.)
 
Fonte:  http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-bullying-nosso-de-cada-dia


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Bullying pode alterar expressão de genes, descobriu estudo






 
O bullying pode deixar cicatrizes duradouras no ADN dos miúdos para além da sua psique, sugere uma nova pesquisa.

Um pequeno estudo descobriu que as crianças vítimas de bullying são mais propensas a ter modificações na expressão de um gene envolvido na regulação do humor em comparação com os seus irmãos gémeos idênticos que não foram intimidados.

"Uma vez que eram gémeos idênticos que vivem nas mesmas condições, as mudanças na estrutura química que envolve o gene não podem ser explicadas pela genética ou ambiente familiar", disse a pesquisadora Isabelle Ouellet-Morin. "Os nossos resultados sugerem que as experiências de vitimização são a fonte de tais mudanças".

Ouellet-Morin, do Kings College de Londres e da Universidade de Montreal, e a sua equipa examinaram 28 pares de gémeos idênticos, nascidos entre 1994 e 1995. Em cada um desses 28 pares, um gémeo tinha sido vítima de bullying, enquanto o outro não.

Parte da pesquisa incluiu a análise do ADN de metilação do SERT nas crianças, um gene que é responsável pelo transporte de serotonina, um neurotransmissor envolvido na regulação do humor e na depressão. (Metilação do ADN é um processo químico que afecta ou não se um gene se expressa em resposta a sinais físicos e sociais)

Os gémeos intimidados tinha uma maior metilação de ADN no SERT aos 10 anos em comparação com os seus gémeos não-vítimas de bullying, segundo o estudo. Além do mais, as crianças com níveis mais elevados de metilação SERT haviam anulado respostas do cortisol ao stress. Essas alterações poderiam fazer as vítimas de bullying mais vulneráveis ​​a problemas de saúde mental com a idade, disseram os pesquisadores.

"Muitas pessoas pensam que os nossos genes são imutáveis, mas este estudo sugere que o ambiente, mesmo o ambiente social, pode afetar o seu funcionamento", disse Ouellet-Morin. "Este é particularmente o caso de experiências de vitimização na infância, que mudam não só a nossa resposta ao stress, mas também o funcionamento de genes envolvidos na regulação do humor". O estudo foi detalhado online a 10 de dezembro na revista Psychological Medicine.


Fonte:  http://www.ciencia-online.net/2013/01/bullying-pode-alterar-expressao-de.html