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sábado, 30 de abril de 2011

A PERIGOSA EPIDEMIA DE BULLYING


          Tão preocupante quanto os dados de uma pesquisa do Instituto Informa sobre Bullying nas escolas do Rio - que evidenciam uma realidade na qual a banalização de diversos tipos de agressão física e psicológica entre crianças e adolescentes tem perfil epidêmico, é a constatação de que não há uma política oficial consistente para combater o problema.

O fenômeno, que não é novo, se manifesta com intensidade pouco variável nas redes pública e privada, e já foi objeto de uma lei estadual, aprovada em setembro do ano passado pela Assembleia Legislativa.
O levantamento feito nas salas de aula tem indicadores que precisam ser analisados seriamente nas altas instâncias educacionais do estado. Entre os alunos entrevistados, 40% já foram vítimas de Bullying e outros 44% conhecem alguém que sofreu algum tipo de agressão física ou psicológica, presume-se que não poucas vezes de forma sistemática.

Previsivelmente, em razão de uma realidade em que se acumulam outras demandas, a maior incidência de casos está registrada nas unidades municipais de ensino - onde 90% dos jovens consultados afirmaram que já tiveram alguma relação, pessoal ou no círculo de amigos, com práticas de Bullying, contra 82% na rede privada e 72,7% nos colégios estaduais.

Como agravante de um quadro que, por si só, merece atenção especial das autoridades pedagógicas, em média 93% dos alunos que foram alvo de algum tipo de discriminação não receberam qualquer tipo de assistência psicológica.
Eis, portanto, um terreno em que, não obstante as graves implicações psicológicas e sociais sobre crianças e jovens na crítica fase de formação da personalidade, o poder público mal se tem manifestado. Mesmo a lei antibullying é antídoto pouco eficaz.

Em primeiro lugar, porque, pelo menos até agora, tem sido letra morta no manual de condutas, como O GLOBO revelou domingo: apesar de o texto determinar que as instituições de ensino públicas e privadas notifiquem os casos desse tipo de segregação à polícia e aos conselhos tutelares, a desobediência à norma é praticamente total.

Em segundo lugar porque o procedimento alcança apenas casos já ocorridos, logo é inócuo como medida preventiva. Por fim, tendo sido editada uma lei, advém a conhecida tendência de se achar que a norma, por si, é capaz de dar as respostas adequadas ao problema.
Obviamente, não é. A raiz do problema não está nos meios de punir o Bullying. Eles são apenas parte de uma política mais ampla de atacar a questão, que passa, principalmente, por ações educativas visando a comprometer toda a comunidade escolar com o repúdio a tais práticas.

Isso pressupõe, entre outras providências, intensificar campanhas de esclarecimento voltadas para os professores (como agir com os alunos, vítimas e agressores, diante de casos de discriminação), para os estudantes e os pais. É fundamental também buscar uma relação estreita das famílias com a escola.

Enfim, trata-se de mudar, com programas de prevenção, um quadro crítico, de modo a reduzir riscos de, diante de personalidades mentalmente desequilibradas, o Bullying ajudar a formar outros Wellingtons.

Todos pela Educação: http://www.todospelaeducacao.org.br
Fonte: O Globo (RJ)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Debate na UMC discute aspectos jurídicos e pedagógicos do bullying




Professores dos cursos de Direito e Pedagogia da Universidade de Mogi das Cruzes e outras autoridades participarão do debate 'Bullying - assédio moral escolar: visão jurídica e pedagógica', que acontecerá no dia 12 de maio, às 19 horas, no Teatro Manoel Bezerra de Melo localizado no prédio III do campus Mogi das UMC.

O evento é gratuito e voltado para professores da rede pública municipal e estadual, profissionais do Direito (advogados, promotores, juízes) e acadêmicos, sendo reservadas 80 (oitenta) vagas para cada categoria. Os professores farão as inscrições diretamente nas respectivas delegacias; os profissionais do Direito, na OAB – Mogi das Cruzes. Para os acadêmicos e demais interessados, estão reservadas 150 (cento e cinquenta) vagas, com inscrição pelo telefone 4798-7283 ou pelo 4798-7064.

Debatedores

Ademir Falque dos Santos
(Advogado. Secretário da OAB Mogi das Cruzes. Presidente da Comissão "OAB Vai à Escola")

Laudicir Zamai Júnior
(Advogado, professor, Mestrando em Direitos Difusos e Coletivos – PUC/SP)

Tatiana Platzer do Amaral
(Coordenadora do Curso de Pedagogia da UMC. Doutora e Mestre em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano – USP/SP)

Moderadores

Vitor Monacelli Fachinetti Júnior
(Coordenador do Curso de Direito da UMC. Doutorando e Mestre em Direito Penal – PUC/SP)

Walter Vechiato Júnior
(Advogado, professor, Mestre em Direitos Difusos e Coletivos)

Luci Mendes de Mello Bonini 
(Professora. Doutora e Mestre em Comunicação e Semiótica – PUC/SP)


Diferença entre bullying, cyberbullying e assédio moral.



Durante as últimas semanas, após ocorrerem fatos, que tiveram repercussãonacional e internacional, as pessoas tem me perguntado a diferença entre bullying, cyberbullying e assédio moral.
Achei boas respostas, que colocarei nesse post e, na próxima postagem, indicarei algumas medidas práticas e jurídicas que  todo e qualquer cidadão pode tomarnos três casos.


O termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais, que tornam possível a intimidação da vítima. Esta é a definição da ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência).


O cyberbullying é caracterizado por práticas agressivas semelhantes ao bullying, através de meios tecnológicos, normalmente nas redes sociais e sob a proteção do “anonimato” que o praticante acredita ter.


Já o assédio moral, embora possua a característica que é marcante no bullying: a humilhação imotivada de um indivíduo, só pode ser configurado como tal no ambiente de trabalho e praticada por um supervisor direto ou indireto.É aexposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego.


Revista Veja online.
Revista Crescer online.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

NÃO PERCAM, HOJE > Palestra sobre Bullying às 19h direto de Brasília

Transmitido pelo site http://ow.ly/4JhZT gratuitamente e com Declaração Digital 

                                        Previsto para: 28/04/2011 às 19h00 (horário de Brasília) | Duração: 1h


 O bullying (termo usado para pessoas que intimidam, aproveitam 
de outras pessoas ou agridem) está presente na vida de muitas 
crianças e, na maioria das vezes, os próprios pais nem desconfiam.
 O maior desafio para é analisar o comportamento do filho, que pode
 dar sinais de que está sendo vítima deste problema. Não querer ir à 
escola, ficar muito tempo conectado à internet e manter-se isolado 
de outras crianças podem ser sintomas de que a criança está


 sofrendo bullying.


Objetivo: Conscientização do público escolar/ acadêmico (docentes e 
discentes) sobre os riscos que o bullying traz em todos os níveis 
(psicológico, social...)


Palestrante Alessandra Carla Zeolla funcionária pública pela 
Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública – SEJUSP - 
desde agosto de 1998.


http://www.portaleducacao.com.br/palestras/detalhes-palestra/6

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Desabafo



É Senhor, ainda, não acabou. Mas, está nas suas mãos, como sempre esteve desde o início.. e CONFIO!!




     Meu advogado acaba de me telefonar: O colégio Nossa Senhora da Piedade protocolou, ontem, mais 02 petições: Recurso Especial e 
                                             Recurso Extraordinario.

Seria tão mais simples se em 2003 não tivessem sido tão OMISSOS e NEGLIGENTES quanto ao BULLYING sofrido pela minha filha enquanto lá estudava. LAMENTÁVEL ver TANTO EMPENHO AGORA QUE A CONDENAÇÃO PESA NO BOLSO DELES!!!!!!! Enquanto o sofrimento pesava nas 'nossas costas' não consegui testemunhar tamanho empenho na resolução do problema!!

Princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos de bullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino.

Os advogados do colégio tem esperanças, ainda, de quê?

>> Perderam em 1ª instância: Drª Alessandra Ferreira Mattos Aleixo Juiz de Direito
 " (..) No presente caso verifica-se não haver controvérsia quanto a existência de problemas de relacionamento entre a primeira autora e dois alunos da ré, sendo reconhecido pelas pessoas envolvidas com os fatos (..)  Igualmente incontroverso que tais fatos foram exaustivamente relatados pela segunda autora a ré, por meio de seus prepostos, ou seja, não há controvérsias quanto aos problemas que fugiam da normalidade envolvendo alunos de tenra idade e que culminaram com problemas psíquicos e físicos a primeira autora. (..) esclarecendo a testemunha M C, professora da primeira autora a época, que se lembra de agressão sofrida pela autora decorrente de ponta de lápis, entendendo que as implicâncias e agressões não fugiam da normalidade. (..) configurada a falha na prestação do serviço e o dever de indenizar. 

>> Perderam em 2ª instância: POR UNANIMIDADE, NEGOU-SE PROVIMENTO AO RECURSO, NOS TERMOS DO VOTO DO DES. RELATOR. DES. ADEMIR PIMENTEL

" (..) No caso dos autos ficou comprovada a violência sofrida pela primeira Autora, menor, contando com apenas 7 (sete) anos de idade na data dos acontecimentos.   
Os fatos relatados e provados fogem da normalidade e não podem ser tratados como simples desentendimentos entre alunos.  Trata-se de relação de consumo e a responsabilidade da Ré, como prestadora de serviços educacionais é objetiva, bastando a comprovação do nexo causal e do dano. 
No caso ora analisado, as implicâncias, agressões, xingamentos, passaram da normalidade pela simples leitura da agenda da menor e dos depoimentos prestados em audiência, não podendo considerar-se as manifestações da segunda autora como preocupação exagerada de mãe de filha única, como tentou demonstrar a ré, uma vez que os acontecimentos cotidianos exorbitaram de simples implicância entre crianças para problemas sérios com consequências igualmente sérias, conforme consta de laudos médicos e psicológicos constantes dos autos. A ré não pode alegar desconhecimento dos fatos, pois em nenhum momento na agenda da menor, contestou as afirmações da segunda autora, sempre tomando ciência (..)
Portanto, a sentença deu correta solução ao litígio. 

Meu voto é no sentido de que se negue provimento a ambos os recursos – agravo retido e apelação


>> Não satisfeitos, pediram Embargos de Declaraçao: " Vistos, relatados e discutidos os embargos de declaração interpostos pela Apelante SOCIEDADE DE ENSINO E BENEFICÊNCIA COLÉGIO NOSSA SENHORA 
DA PIEDADE (..) 

" ACORDAM os Desembargadores que integram a Décima Terceira Câmara Cível do Tribunal de Justiça Estado do Rio de Janeiro, por unanimidade de votos, em negar provimento aos embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. (..) Conforme constou na decisão, ora embargada: “Do exame das peças de fls. 18-A/18-D e fls. 70/75 verifica-se que em decorrência dos acontecimentos a primeira Autora sofreu traumas psicológicos e necessitou de tratamento com psicoterapeuta e medicamentos, inclusive medicamentos “controlados” – fl. 105, daí o nexo causal que pretende a Apelante não ver reconhecido.” 
Além do mais, há nos autos diversos documentos que comprovam as várias reclamações efetuadas não só pelos pais da menor, como por pais de outros alunos que também eram vítimas das agressões.
O valor condenatório,  foi até módico diante da situação vivida pela menor e pela angustia sofrida por seus pais, o que dificilmente será apagado de suas memórias. (..)"

     Confesso que já esperava essa atitude ( interpor + recursos )  por parte da escola e dos seus advogados ( até pq eles terem perdidos para os nossos advogados, que não são REnomados como eles, deve estar engasgado na goela HAHAHA ) e, sinceramente, me incomoda saber que isso  foi usado com o intuito de postergar a indenização.. mas não pelo motivo de não poder gastá-la agora.. não é isso!! NUNCA FIZEMOS CONTA DESSE DINHEIRO! Desde o início foi acordado, entre nós, que qualquer valor decorrente de indenização por conta deste processo, seria usado em prol dos estudos da nossa filha. E pra ela fazer MBA ( E, I, O e U tb se for o caso rs ) ainda vai demorar.. Pra fazer intercâmbios, participar de colônias de férias  tb, afinal o ano letivo nem terminou.  ( ah sim, e o colégio dela, TB, está em dia \o )  
O que verdadeiramente me dói, é a falta do compromisso com a verdade por parte de uma escola que, um dia, eu havia considerado conceituada. Eu tentei e tentei e tentei, incansavelmente, pedir ajuda pra professora, coordenadora, vice-diretora e Diretora daquela escola, com o intuito de resguardar a integridade física e emocional da minha filha. Procurei por órgãos que tinham a 'força' necessária para coibir a prática do Bullying dentro do colégio, mas.. por se tratar de uma escola particular de origem Cristã, confesso que não foi um percurso fácil de trilhar. As pessoas pareciam não querer se comprometer.. Numa única visita, por exemplo, por parte de uma conselheira, a mesma me disse ao telefone, não ter constatado nada que a fizesse 'ligar' o  Bullying à minha filha que já sofria por meses 'a fio'. O.O Curioso, não?
Por isso, tô sempre  AGRADECENDO a IMPARCIALIDADE de TODOS os Juízes e Desembargadores envolvidos neste processo. E não me canso de agradecer!!

A INVERSÃO DE VALORES, O DESPREPARO POR CONTA DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS, SEJAM DA ESCOLA OU DE ÓRGÃOS FISCALIZADORES, enfim.. DEVEM SER RECICLADOS, VISTOS, REVISTOS, do contrário NÃO HAVERÁ LEI capaz de combater esse mal por si só!! É preciso, ainda, muita UNIÃO por parte dos Pais com a Escola.. E há, ainda, muita coisa a ser feita.. mas eu vejo as pessoas mais conscientes em prol do combate ao Bullying.
Enfim, esse é o meu ponto de vista, e esse foi o meu desabafo.
Bem, eu tô nessa  briga, afinal Bullying NÃO É brincadeira de criança.

Ellen Bianconi

BULLYING




Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.


Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
O bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
O bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullyingentre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos debullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Pesquisa revela que mais de 80% dos estudantes já sofreram bullying no Rio


http://videos.r7.com/pesquisa-revela-que-mais-de-80-dos-estudantes-ja-sofreram-bullying-no-rio/idmedia/dda0e51d34162a606ea2d5ae844cbf36.html



Com o Jornalista  Luiz Bacci comentando, estarrecido,  os casos mostrados.

RJ no Ar
publicado em 25/04/2011 às 10h29:

MENSAGEM CRIATIVA DE UMA ESCOLA


Esta é a mensagem que os professores de uma escola decidiram gravar na secretária eletrônica
A escola cobra responsabilidade dos alunos e dos pais perante as faltas e trabalhos de casa e, por isso, ela e os professores estão sendo processados por pais que querem que seus filhos sejam aprovados, mesmo com muitas faltas e sem fazer os trabalhos escolares. 
 
Eis a mensagem gravada: 
 
- “ Olá! Para que possamos ajudá-lo, por favor, ouça todas as opções: 

- Para mentir sobre o motivo das faltas do seu filho - tecle 1. 

- Para dar uma desculpa por seu filho não ter feito o trabalho de casa - tecle 2. 

- Para se queixar sobre o que nós fazemos - tecle 3. 

- Para insultar os professores - tecle 4. 

- Para saber por que não foi informado sobre o que consta no boletim do seu filho, ou em diversos documentos que lhe enviamos - tecle 5. 

- Se quiser que criemos o seu filho - tecle 6. 

- Se quiser agarrar, esbofetear ou agredir alguém - tecle 7. 

- Para pedir um professor novo pela terceira vez este ano - tecle 8. 

- Para se queixar do transporte escolar - tecle 9. 

- Para se queixar da alimentação fornecida pela escola - tecle 0. 

- Mas se você já compreendeu que este é um mundo real e que seu filho deve ser responsabilizado pelo próprio comportamento, pelo seu trabalho na aula, pelas tarefas de casa e que a culpa da falta de esforço do seu filho não é culpa do professor, desligue e tenha um bom dia!"

O.O  Atenção pais, a responsabilidade pela educação é de vocês! À escola, cabe o ensino, cadê a parceria??


O preço da autoestima



Sucesso bom é aquele que a gente deseja de verdade
FRANCINE LIMA





Arquivo / Época
Francine Lima
Repórter de ÉPOCA, escreve às quintas-feiras sobre a busca da boa forma física
Tenho a impressão de que a vida inteira eu estive em busca não exatamente da felicidade, mas da autoestima. Talvez as duas coisas coincidam em muitos momentos. Ficamos felizes quando nos sentimos capazes de realizar coisas, quando recebemos elogios, quando conquistamos reconhecimento pelo que somos e fazemos. E, principalmente, quando somos queridos. Precisamos que gostem de nós.
Desde a primeira infância, aprendemos a nos basear no quanto agradamos nossos pais para construir uma imagem positiva de nós mesmos. Se eles sorriram, é porque gostaram. Se gostaram, é porque sou bom, sou agradável, sou atraente. Essa conclusão nos apraz, e buscamos repeti-la. E então crescemos buscando essa autoafirmação em tudo que fazemos, com todos com quem nos relacionamos. Ser bom, ser atraente, ser desejado e cobiçado, seja no sentido sexual, social ou profissional, é extremamente importante para todos nós. E, muitas vezes, extremamente caro. Para muitos de nós, a autoestima é difícil demais de conquistar.
Uns acreditam que ela venha do poder sobre os demais. E em muitos casos vem mesmo. Desde os tempos de escola, a disputa pelo poder e pela sensação de vitória no grupo gera brincadeiras de mau gosto e até alguns episódios trágicos de bullying. Quem ataca quer se sentir mais dono do pedaço que os atacados. Quem é atacado sonha um dia ser reconhecido como uma pessoa legal, que não merece aquele tratamento. Quem não consegue reconhecimento pode querer se vingar.
Cada um começa se orgulhando do que as pessoas a sua volta (em primeiro lugar, a família e, pouco depois, os coleguinhas) valorizam. Primeiro a gente quer ser um bebê fofo. Depois, uma criança esperta. Mais tarde, um adolescente descolado. Em seguida, um jovem precoce e abonado, que tem carro, roupas caras e o direito de ir e vir em lugares da moda – além de fazer sexo selvagem e inesquecível. Anos depois, um profissional bem pago e conhecido. Lá pelos 30 anos, um chefe de família equilibrado. Aos 50, um coroa enxuto que ainda desperta desejo em jovens com a metade da idade. O roteiro está traçado. Quem consegue se encaixar nele com perfeição?
Eu não me encaixei. Acho que fui um bebê fofo em muitos momentos (provavelmente não em todos) e dei a meus pais vários indícios de ser uma criança esperta, embora fosse bastante estabanada e perdesse a compostura diante das chatices da minha irmã. Adolescente, fui CDF demais para me verem como descolada, e não lidava bem com o tipo de diversão que a maioria dos meus colegas parecia preferir. Fora do ambiente escolar, procurei me destacar com duas atividades em que eu acreditava ser boa: a escrita e a malhação. Acho que escolhi dois bons caminhos, nos quais progredi e aprendi muito. Mas nem sempre me achei boa o bastante.
Agora, à beira dos 35, depois de publicar centenas de textos e de construir e reconstruir inúmeras vezes fibras musculares, começo a entender um pouquinho melhor de onde vem a autoestima. No último ano, precisei redescobri-la. Por mais que, aos olhos dos outros, eu parecesse bem posicionada na profissão, em forma, com um ótimo relacionamento estável, de bem com a família e os amigos, em vários momentos me senti profundamente frustrada, descrente e desmotivada. Ao investigar internamente o porquê, descobri que só me sinto poderosa quando consigo realizar o que mais quero. É a conclusão mais óbvia a que eu poderia chegar. Mas dizem que as coisas óbvias são mesmo as que levamos mais tempo para entender.

O que eu mais quero não é necessariamente aquilo que está escrito no roteiro que traçaram por mim. O que eu mais quero tem a ver com aquilo em que mais acredito, o que mais fará diferença em minha existência, o que me faz crer que eu nasci para realizar. E dificilmente somos capazes de saber o que nascemos para realizar antes de viver um bocado.
Hoje, o exercício físico não me basta se me der apenas resultados estéticos. Ficar bonita é para os outros. Mas ficar forte, rápida, flexível e resistente é para mim. Mover-me com menos limites amplia o alcance das minhas ações. O que me motiva agora é buscar meus limites, enfrentar o cansaço, realizar mais do que realizava antes e sentir que dentro de mim há um potencial gigantesco. O que eu mais quero com meu corpo é prazer. O prazer do movimento.
Na profissão, meus anseios finalmente cresceram ao tamanho da minha fúria. Não realizei ainda tudo que quero, mas já sei sonhar de um jeito mais concreto. Eu acredito piamente na importância das coisas que quero fazer, e é isso que me faz acreditar que vai dar certo. Eu só quero muito o que é importante para mim.
Ontem tive uma experiência que me clareou essa ideia. Fui fazer meus exercícios no horário de sempre, mas estava mais cansada que o usual. Não pensei em desistir, pois ali o propósito da turma é sempre fazer o melhor que a gente pode, e parar antes de começar está fora de cogitação. Mas, logo depois do aquecimento, o cansaço começou a tomar conta. Insisti. Era preciso ir até o fim. Afinal, era para isso que eu estava ali.
Quando chegou o momento do esforço máximo, eu senti que aquilo já era demais para mim. Eu não queria fazer mais força nenhuma. Queria parar com tudo aquilo, descansar e voltar para casa – e eu ainda teria de fazer alguma força para pedalar a bicicleta até lá. O professor percebia minha lentidão e fazia seu papel de treinador. “Vai, Francine. Bate a barra no chão e já sobe de novo.” Sim, eu tinha de continuar, tinha de dar meu melhor até o fim. Prestei atenção na minha respiração. Estava bem, não era fôlego que me faltava. Era pique mesmo. Vontade. Energia. Eu sentia que já tinha dado tudo de mim, mas não me permiti parar. E então lágrimas começaram a aparecer. 

Quando terminei o treino, sentei no chão, abracei os joelhos e chorei. Não era uma derrota. Eu tinha obrigado meu corpo a cumprir com sua missão até o último agachamento. Sem me dar conta, eu tinha acelerado nos últimos segundos da contagem regressiva para realizar minha tarefa completa. Eu tinha me saído bastante bem, dadas as circunstâncias. Mas estava emocionalmente fragilizada. Por quê?
O que eu mais queria naquele momento era outra coisa: descansar. Aquele era meu limite. Nem tanto o limite do meu corpo, que se mostrou capaz de fazer muito, mas o limite do meu sonho. Eu nunca quis ser uma atleta profissional. Não me atrai o grau de exigência a que os atletas se submetem. Eu não preciso me exaurir tanto para me sentir bem comigo mesma. Na véspera, já tinha me esforçado bastante para entregar a matéria da semana num prazo exíguo. Já tinha sido, na minha forma de ver, incrível no trabalho, e não precisava ser mais incrível no exercício. O esforço além do desejado foi como uma forma de abuso, uma exploração. Que eu mesma me impus.
O choro de ontem me trouxe mais uma lição sobre a autoestima ao me mostrar que não é fazendo o máximo que eu puder que vou me sentir a dona do pedaço, mas sim fazendo o melhor que eu quiser. Desconfio que alcançar um sucesso não desejado é provavelmente tão ruim quanto não alcançar nenhum. 

(Francine Lima escreve às quintas-feiras)

Fonte: Revista Época

sábado, 23 de abril de 2011

Curso online gratuito Bullying

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Revista VEJA edição 2213 de 20 de Abril de 2011

Abaixo a tirania dos valentões. 



 A estudante Julia Affonso: vítima  de bullying no colégio.   Pág 88




Para as vítimas de agressões físicas e xingamentos, as marcas podem se perpetuar por toda a vida.



 O papel dos pais.


"Meu filho apanhava calado."




A edição foi disponibilizada no acervo digital em 22/04/2011