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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Facebook lança campanha e aplicativo "Chega de Bullying"




O Facebook, em conjunto com o Cartoon Network, Plan International e Visão Mundial, anunciam a campanha e o aplicativo social ‘Chega de Bullying: Não Fique Calado’. O acordo foi consumado em evento, em São Paulo, com a presença do governador Geraldo Alckmin, o Secretário Estadual de Educação, Herman Voorwald; e a Presidente do Fundo Social de Solidariedade, Lu Alckmin.

O aplicativo compreende uma ação de mídia social interativa que possibilita que estudantes, educadores e pais assumam o compromisso pessoal – e chamem outros para se unirem à causa – de ajudar a acabar com o bullying no Brasil e em toda a América Latina.

A ação recebe o mesmo nome da iniciativa de prevenção ao bullying originalmente lançada pelo Cartoon Network no Brasil e na América Latina em novembro de 2011, representa o mais recente avanço no compromisso de longo prazo das empresas e tem como objetivo inspirar as pessoas a refletir e compartilhar informações e recursos úteis sobre o combate ao bullying.

A iniciativa visa, especificamente, levar pessoas que testemunham situações de bullying a refletir, além de possibilitar que alunos, educadores e pais assinem um compromisso com ações específicas capazes de ajudar a acabar com o bullying. Por meio do aplicativo também é possível compartilhar histórias pessoais com amigos e familiares, incentivar outros a se unir ao movimento e criar, no Facebook, seus próprios grupos de prevenção ao bullying nas escolas.

“A iniciativa ‘Chega de Bullying: Não Fique Calado’ fundamenta-se na ideia de que alunos, educadores e pais têm o poder de acabar com o bullying falando abertamente sobre o que acontece”, afirma Alexandre Hohagen, vice-presidente do Facebook para a América Latina. “Essa campanha assinala nosso compromisso com a segurança das crianças em todo o mundo”, acrescenta.

Barry Koch, vice-presidente sênior e gerente-geral do Cartoon Network e Boomerang para a América Latina, destaca a importância de alcançar crianças e adolescentes de diferentes maneiras para ajudá-los a lidar com o bullying. “Com o aplicativo criado pelo Facebook e o engajamento de milhões de adolescentes e adultos por meio das redes sociais, a conscientização sobre a importância da prevenção ao bullying terá um alcance nunca antes visto na região”, declarou.

“Os programas desenvolvidos pelas ONGs Plan International e Visão Mundial, e a participação do Facebook e das autoridades na área de educação, permitirão que a campanha se estenda além da nossa audiência, fornecendo informações e dicas também para adolescentes e adultos. Por meio desse enfoque de plataformas múltiplas e recursos combinados, seremos capazes de estimular mais e mais pessoas a adotarem medidas contra o bullying”.

O Governador de São Paulo, o Secretário Estadual de Educação de São Paulo e a Presidente do Fundo Social de Solidariedade reforçam desta forma o compromiso de ampliar esforços na luta contra o bullying em seu estado e divulgar a campanha nas escolas públicas estaduais.

“Nosso objetivo é, por meio desta grande iniciativa de conscientização e de novas ações de prevenção ao bullying, dar maior abrangência ao trabalho que já vem sendo realizado com essa mesma finalidade na rede estadual de ensino de São Paulo”, afirmou o secretário da Educação Herman Voorwald. “Parcerias com instituições como o Facebook e Cartoon Network são importantes para a mobilização da sociedade”.

Celebridades como Claudia Leitte, Marcelo Tas, Ganso e Selena Gomez estão entre os primeiros a assumirem oficialmente o compromisso de lutar contra o bullying e estimularem outras pessoas a seguirem essa liderança. Essas personalidades reconhecidas estão compartilhando o que pode ser feito para evitar o bullying por meio de vídeos que estão sendo exibidos em plataformas do Cartoon Network e em https://www.facebook.com/chegadebullying.

Facebook, Cartoon Network, Boomerang, Plan International e Visão Mundial, juntamente com o Governador de São Paulo, o Secretário Estadual de Educação de São Paulo e a Presidente do Fundo Social de Solidariedade, esperam reunir seus recursos para ampliar a conscientização sobre a questão entre um número cada vez maior de pessoas no Brasil e capacitá-las a tomarem medidas contra o bullying.

Estudantes e adultos podem assinar o compromisso de prevenção ao bullying no site da campanha para o Brasil www.chegadebullying.com.br , e nos websites parceiros: “Aprender Sem Medo” da Plan International  http://www.plan.org.br e Visão Mundial http://www.visaomundial.org.br . A campanha foi lançada pelo Cartoon Network, Facebook, Plan International e Visão Mundial em 29 de maio de 2012 na Cidade do México e em setembro de 2011 nos Estados Unidos.

Fonte: http://adnews.uol.com.br/pt/internet/facebook-lanca-campanha-e-aplicativo-chega-de-bullying.html


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Técnica pioneira orienta jovem com dificuldade de relacionamento e alvo de bullying



Jovens e adolescentes com dificuldades de relacionamento já podem ter seus problemas resolvidos. Simples, direto e rápido, com linguagem bastante acessível, o Coaching Teen foi criado pela especialista em psicologia organizacional, Ritah Oliveira, como uma técnica pioneira no país, capaz de orientar o jovem a conquistar seus objetivos e superar suas dificuldades. Utilizado, também, por alunos alvos de bullying (atual febre na rede mundial de ensino), o método, que utiliza mecanismos comuns à rotina do público teen, como salas de bate-papo e redes sociais, se diferencia das longas e dispendiosas terapias, sendo realizado em até seis sessões.

“Neste método, costumamos nos adaptar ao ambiente e linguagem do adolescente, respeitando sua visão de mundo e identificando suas potencialidades, auxiliando-o no processo de mudança do que é necessário e de manutenção do que é positivo”, destaca Ritah.

Através de um formulário, em que é analisado o comportamento do jovem, o Coaching Teen define as metas consideradas necessárias ao alcance dos objetivos e desejos de quem está sob avaliação. “Analisamos o estado atual do adolescente, para, a partir do desenvolvimento do seu fortalecimento emocional, fazê-lo chegar ao estado desejado”, complementa a especialista.

Para Rafael Almeida, primeiro aluno da rede pública a aderir a técnica, o Coaching Teen foi bastante motivador. Após ter sido reprovado três vezes, quando ainda tinha 18 anos, o estudante conheceu o método após a indicação da própria escola, que, por reconhecer o seu potencial, recomendou a técnica, para detectar e modificar as situações que incomodavam e bloqueavam o seu desempenho e aprendizado. “Eu era muito impaciente e nervoso. Após as sessões, tornei-me calmo e melhorei muito nos estudos”, afirma o aluno.

Implementação na educação

Para implementar o método na rede brasileira de ensino, Ritah enviou ao Ministério da Educação e Cultura (MEC) um projeto que, na Bahia, recebeu o acolhimento do governador Jaques Wagner, em 2011. Atualmente, o documento continua tramitando nas esferas administrativas. “Esperamos poder inserir a técnica nas escolas brasileiras, orientando e capacitando os profissionais de educação no bom direcionamento da conduta de seus alunos”, explica Ritah.

Realizado, normalmente, em, no mínimo, seis sessões, o Coachig Teen surgiu a partir da constatação de que grande parte dos problemas dos adultos surgia na da adolescência. Além da internet, a técnica, que tem como base o Coaching (modelo educacional norte americano da década de 60), utiliza uma série de jogos interativos, voltados à realidade dos adolescentes, como quizes e jogo da velha.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Bullying: um problema que extrapola a lei



Especialistas se dividem sobre a eficácia, a necessidade e os riscos da criminalização, proposta por comissão de juristas

Educadores, pesquisadores e advogados estão divididos sobre o alcance e a eficácia da criminalização do bullying, proposta pela comissão de juristas que discute o novo Código Penal. Há quem veja um efeito mais psicológico na medida, quem prefira tratar o bullying no âmbito pedagógico e quem acredite que a lei é benéfica, mas insuficiente. O texto, aprovado na terça-feira (29) na penúltima reunião do grupo, tipifica o crime de bullying e prevê pena de um a 4 anos para adultos que o cometerem contra menores. Agora, depende de votação no Congresso.

Integrante da comissão de juristas, a procuradora de Justiça de São Paulo Luiza Eluf explica que a tipificação do crime de bullying parte do reconhecimento de que essa prática, classificada como intimidação vexatória, é uma conduta que vem ocorrendo com muita frequência em escolas e locais públicos e que uma medida jurídica para proteger desse tipo de agressão se faz necessária:

— A repercussão prática esperada é que se possam evitar essas situações e que haja uma medida prevista em lei de punição para esse tipo de violência. Se não há previsão na lei, a conduta é impunível. Além disso, existe um papel da lei penal que é mais educativo, de mostrar o que é crime, e uma papel mais preventivo, de inibir essa prática. Eu vejo essa tipificação como um avanço.

A professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) Mirian Paura discorda. Ela acredita que a medida terá efeito limitado, já que a grande maioria dos casos ocorre entre crianças e adolescentes. Para ela, a questão deve ser resolvida sob o ponto de vista educacional, não criminal.

— O bullying deve ser tratado como uma questão psicológica e pedagógica. Quem o pratica necessita de atenção, assim como as vítimas. Não vejo razões para criminalizar. O caminho para resolver esse problema passa pela conscientização dentro da escola, para que a equipe tenha ferramentas para identificar os casos e agir. As escolas precisam saber o que é o bullying e as formas que ele pode assumir. É importante também discutir os casos que acontecem no colégio com os pais, para que eles tomem conhecimento. Uma medida penal não vai resolver um problema educacional.

A socióloga Miriam Abramovay, coordenadora de políticas públicas para juventude da Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais (Flacso), concorda e diz que há o risco de “judicializar” problemas que devem ser resolvidos no âmbito da escola. A pesquisadora explica que ainda há um problema semântico na proposta, pois o conceito histórico de bullying trata de violência entre crianças ou jovens da mesma idade.

— A questão do bullying é complexa. Historicamente, o conceito trata da violência entre pares, então, se há uma diferença de idade significativa, já deixa de ser bullying. Há, portanto, uma questão semântica. É muito perigoso judicializar a educação, porque assim você tira a autoridade das figuras pedagógicas da escola, como os professores e a direção. É como se a escola fosse impotente para lidar com essa questão. É preciso haver uma política para atacar o problema da violência nos colégios como um todo, não só o bullying — afirma Miriam.

O advogado Danilo Sahione, especialista em direito educacional e com experiência em casos do tipo, é outro que não vê muita utilidade prática para a tipificação do crime de bullying. Para ele, a questão é muito mais complexa para ser definida de uma forma que ele considera simplista.

— Ao meu ver, essa medida não tem efeito prático nenhum, porque várias situações abrangidas em sua caracterização de bullying já estão previstas no Código Penal. Pior, ao caracterizar a questão do bullying de uma forma simplista, pode-se fazer com que o trabalho preventivo sobre a questão feito nas escolas, pelo Ministério Público e pelo Conselho Tutelar, para identificar aqueles casos que realmente são bullying, seja prejudicado.

Já o advogado André Pedrosa, especialista em direito processual civil e com experiência em casos de bullying que foram levados à Justiça, acredita que a tipificação do crime de bullying é benéfica pelo efeito psicológico e moral que pode vir a ter, ao mostrar que essa é uma questão que pretende ser levada a sério pela legislação brasileira.

— Essa questão a gente tem que analisar sob vários aspectos e uma delas é a própria evolução da sociedade. O que há 20 anos era considerado brincadeira, hoje é considerado bullying. Esse é um conceito que muda com o tempo e a legislação tem que acompanhar essas mudanças, ainda que acabe sendo lenta nisso. Parece-me que a intenção de uma medida dessas é mais ter um efeito psicológico e moral que, ao meu ver, acaba sendo benéfico.

A educadora Tânia Zagury também vê com bons olhos a criminalização da prática para maiores de 18 anos, mas aponta que apenas a via judicial não é suficiente para resolver o problema. Na sua opinião, medidas de prevenção são mais eficientes.

— Apenas criminalizar o bullying não é adequado. Como só atinge maiores de 18 anos, considero válido porque protege os menores. Mas é necessário um trabalho junto às escolas e às famílias, até porque muitas vezes a prática ultrapassa os muros do colégio e ocorre inclusive na internet. Nem tudo é possível resolver através de leis. É melhor investir na formação do cidadão. O caminho é educar, não punir criminalmente. O bullying, normalmente, é praticado em situações de superioridade física ou numérica e pode destruir a autoestima das crianças e adolescentes — explica Tânia. 
Fonte: http://www.todospelaeducacao.org.br/comunicacao-e-midia/educacao-na-midia/22957/bullying-um-problema-que-extrapola-a-lei/

Escola vira referência contra bullying



Ele, um bailarino de 13 anos, sofria agressões físicas e verbais dos ex-colegas de escola. Ela, uma aplicada aluna de 9 anos, teve o braço quebrado por crianças de seu antigo colégio, há dois anos. Casos como o de Enzo Frizzo Paulino e N.M.S., que teve a identidade preservada a pedido da mãe, são comuns entre os alunos do Colégio Amorim, no Tatuapé, na zona leste.

Nos últimos três anos, quando o termo bullying ganhou destaque, a instituição se especializou em lidar com vítimas e agressores. Foi nessa época, segundo a orientadora educacional da escola, Clarice de Oliveira Chile, que o colégio se deu conta de que tinha uma metodologia afinada com o assunto. “Foi um caminho natural para o Amorim assumir a bandeira contra o bullying”, afirma.

Hoje, com 26 anos de existência e 1.500 alunos, o Amorim recebe por ano de oito a dez casos de estudantes envolvidos em bullying. O movimento ganhou força entre os próprios pais. No boca a boca, eles descobriram que, naquela escola, essas crianças encontravam menos hostilidade. Para isso, a escola adotou uma linha pedagógica baseada no respeito às diferenças e no “controle rígido das brincadeiras”, diz Clarice. “Não toleramos ‘brincadeiras de mãos’ e apelidos ofensivos. Atuamos com rigidez para evitar agressões”, completa.

Na segunda, a comissão de juristas que discute a reforma do Código Penal no Senado aprovou a criminalização do bullying, um conceito que não engloba apenas a agressão física. Um outro garoto do colégio, que pediu para não ser identificado, conta que finalmente se livrou dos apelidos “vareta” e “magricelo” que o acompanhavam no antigo colégio. “Quando descobriram que eu não gostava, não pararam mais de me ‘zoar’”, lembra.

A frase “o diálogo é capaz de resolver tudo” é repetida como um mantra por Clarice. Quando alguma atitude suspeita é identificada, os envolvidos são chamados pela diretoria. Numa dessas vezes, conta a educadora, vítima e agressores, que no passado estudaram juntos em um outro colégio, puderam pela primeira vez conversar. “É claro que hoje eles não são amigos, mas têm uma relação de respeito.”

Reuniões entre a diretoria e famílias para “mediar conflitos” são frequentes no Amorim. A própria reportagem contabilizou o atendimento de seis pais em pouco mais de duas horas de conversa. “Eles nos chamam para esclarecer qualquer problema”, diz a mãe da menina que teve o braço quebrado.

Atividades artísticas e esportivas também são usadas na prevenção do bullying. “O tema deve ter uma abordagem interdisciplinar”, diz Clarice. “O garoto que não é tão querido na sala de aula, por exemplo, pode ter ótimo desempenho no esporte e ser querido pelo time.” A escola mantém times de várias modalidades esportivas, formados por alunos de salas diferentes.

O bullying também é tema de uma campanha permanente na escola. “Promovemos debates sobre os casos e propomos soluções. Também produzimos e distribuímos material sobre isso”, lembra Clarice. São usadas, ainda, peças de teatro e outras produções artísticas para dialogar com os alunos sobre as diferenças e os direitos individuais. Enzo, por exemplo, está preparando uma apresentação de dança para falar sobre o bullying.

A iniciativa, bem-vista pelos pais, é tratada com ressalvas por especialistas. “Parece-me que as crianças são colocadas numa bolha. Não devemos escondê-las da realidade, mas sim prepará-las para enfrentar o bullying”, diz a psicopedagoga Quézia Bombonatto, presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Doutora em Serviço Social, Mônica Silva, da Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, tem a mesma opinião
 
Fonte:  http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/escola-vira-referencia-contra-bullying/