A passagem para o Ano Novo é uma ótima oportunidade que se apresenta
para absorver das experiências vividas no ano velho a força necessária
para realização de novos objetivos.. Que não percamos o Foco, a Força e a Fé.. E que Deus continue a nos abençoar, iluminando os nossos pensamentos, o nosso coração e as nossas ações \o
Um Feliz 2013 à todos *-*
Abraços,
Ellen & Julia Bianconi
Existe um lindo Projeto em execução e um vídeo sendo produzido com chances de participação..
Enviem um curto vídeo ligado ao tema para www.willUstand.com/video.html
about
Stand, the anti-Bullying anthem by Charleigh Gere empowers youth to stand for one another against bullying. To reach youth in a meaningful way, we are creating a crowdsourced music video for STAND. Anyone can participate. Clips are due on or before December 23, 2012. They should symbolize the messages within the song: Stand / One voice unafraid
Verse 1:
Every morning's the same old thing
as she walks through the halls being called the same names.
No one knows all the tears she's cried
or how many times she's considered suicide.
Prechorus:
But all it takes is one voice unafraid to say...
Chorus:
I will stand beside you
Will you stand with me, dig your feet into
The earth, cuz she's worth
Somebody to catch her
Let's join together and
Stand
Verse 2:
All alone he's just sitting there
As he watches the clock thinking, "Nobody cares"
But on the inside he's crying out
Painfully dreading the fight he won't talk about
Prechorus:
But all it takes is one voice unafraid to say...
Chorus 2:
I will stand beside you
Will you stand with me, dig your feet into
The earth, cuz he's worth
Somebody to catch him
Let's join together and
Stand
Will you stand
Verse 3:
All in all I've seen better days
I've been hurt, I've been broken in every way
But I now stand in confidence
All because someone stood up in my defense
Prechorus:
Cuz all it takes is one voice unafraid to say...
Chorus 3:
I will stand beside you
Will you stand with me, dig your feet into
The earth, cuz they're worth
Somebody to catch them
Let's join together and
Stand
Will you stand with me, dig your feet into
The earth, cuz you're worth
Somebody to catch you
Let's join together and
Stand
Will you Stand...
credits
released 10 September 2012
Song written and composed by Lahni Schultz www.lahnischultz.com
Em 05 de Novembro eu fiz um post ( http://bullyingnaoebrincadeiradcrianca.blogspot.com.br/2012/11/gravacao-do-programa-quebra-cabeca.html ) comentando a gravação do programa Quebra-Cabeça da GNT sobre Bullying ( quando contamos um pouco da nossa história ) e eu havia ficado de informar a respeito da data da exibição. E então, acontecerá na próxima 3ª Feira 25/12 às 18:30 hs com reprise na 4ª Feira às 10:00 hs e 15:00 hs e no Domingo às 18:20 hs. Posteriormente eu disponibilazerei a gravação aqui no blog, então para os que não puderem assistir nos dias previamente determinados, é só vir aqui depois dar uma fuxicada, ok?!! rs
Mais uma vez gostaria de agradecer à todos os profissionais envolvidos neste projeto que, indubitavelmente, foi um divisor de águas na vida da minha filha. Ao pessoal do GNT aquele abraço bem aperrrrtado e uma beijoca estalada na bochecha de cada um.. Para o pessoal do Colégio Maxx, a minha reverência pela conduta ilibada e desde o início quando nem conheciam a história do bullying sofrido pela minha filha, e sempre a trataram com dignidade, respeito, carinho e atenção!
E claro que eu, ainda, vou aproveitar o momento para desejar um Natal repleto de magia e um Ano, realmente, Novo recheado de deliciosas surprêsas e realizações para vocês, meus seguidores, leitores, amigos..
Sim, amigos!! Fiz grandes e reais amizades desde que comecei este blog.. Por que é muito interessante esse ato de 'dividir histórias, externar dores, trocar experiências.. A gente se descobre consultora, conselheira, confidente, cúmplice.. E no final, a gente recebe muito mais do que dá. E, então, agora é uma boa hora para o agradecimento.
Muito obrigada.. É, realmente, um privilégio tê-los aqui dividindo esses momentos!!
O bullying pode ser compreendido como um conjunto de ações caracterizadas com a exposição continuada ao longo do tempo a um comportamento repetitivamente agressivo entre crianças, adolescentes e jovens em idade escolar, que envolve um desequilíbrio de poder.
Originalmente, o bullying era uma expressão para sinalizar o assédio moral praticado entre crianças e adolescentes. No entanto, nos anos de 2007 até 2011, ganhou enúmeras variantes como o mobile bullying (praticado por mensagens de celular) e confundido com o mobbing, conhecido nos Estados Unidos e na Inglaterra como bullying at the work e cyberbullying.
O bullying é um gênero de uma espécie de agressão denominada assédio moral, pois, segundo o conceito de Marie-France Hirigoyen, o assédio moral é um conjunto de atitudes perniciosas e imperceptíveis, praticadas no dia a dia, com a finalidade de humilhar o outro de forma perversa.
A exposição contínua aos ataques do bullying torna suas vítimas inseguras e pouco sociáveis, ato que dificulta o pedido de auxílio. Outras sequelas são a passividade quanto às agressões sofridas, e um círculo restrito de amizades. Muitos passam a ter baixo rendimento escolar, resistindo e simulando doenças com o interesse de não comparecer mais às aulas ou até mesmo abandonando os estudos. Em casos mais sérios pode levar ao suicídio.
Qualquer variante do bullying é considerada ato ilícito, por assediar o bem-estar psíquico e físico da vítima. O código Civil Brasileiro prevê em seu artigo 927 o dever de indenizar o ato ilícito. Da mesma forma pontifica em seu artigo 186 que os danos eminentemente morais também deverão ser indenizados.
Neste diapasão, a Constituição Federal, em seu artigo 5.º, inciso X, prevê a indenização nos casos de violação a qualquer direito fundamental do ser humano. Sem possuir a moral incólume, o indivíduo deixa de obter amor próprio, não acrescenta valores ao seu íntimo, não contribui com a sociedade e não evolui como pessoa, nem consegue assimilar conhecimentos de qualquer ordem.
O bullying pode ocorrer em escolas públicas ou particulares, em lugares públicos ou em ambiente cibernético, neste, em particular, observamos que os agressores sempre estão sob a vigilância de alguém, sejam os pais, sejam os donos de escolas.
No tocante ao dever indenizatório nos casos de bullying, deve-se ter em mente que a responsabilidade civil da escola ou dos pais é objetiva, ou seja, independe de culpa ou dolo. O que determinará a existência do bullying é a ligação entre o ato de assediar e os danos decorrentes dele.
Já o responsável pela indenização será determinado conforme o local de ocorrência da agressão, ou seja, se ocorrer dentro do ambiente escolar, será da instituição de ensino, ou, se ocorrer enquanto permanecer em companhia da família, será dela a responsabilidade.
No que tange à instituição de ensino, observa-se que o art. 932, IV do Código Civil trata da responsabilidade de escola que, mediante uma remuneração, mantém sob sua guarda e orientação pessoas para serem educadas. Essa categoria de pessoas responde objetivamente e solidariamente conforme os artigos 933 e 942, parágrafo único do Código Civil, pelos danos causados a um colega ou a terceiros por atos ilícitos durante o tempo que exercem sobre eles vigilância e autoridade.
Caso ocorra quando os filhos estão sob a guarda dos pais, deve-se ter em mente que eles têm o dever de garantir o conforto, a educação e transmitir valores morais para seus filhos com o intuito de prepará-los para o convívio social. Também é parte desse poder a previsão feita pelo Código Civil brasileiro de que os pais são sempre responsáveis pelos atos dos filhos menores, independentemente de culpa.
Se os filhos praticarem bullying cibernético no computador doméstico, lugares públicos ou em lan houses enquanto estiverem sob a vigilância dos pais, serão estes os responsáveis pela indenização dos danos decorrentes da agressão. Esses fundamentos jurídicos são trazidos pelos artigos 1.634, 932, inciso I, e 933 do Código Civil brasileiro.
Deve-se ressaltar que é do modelo de educação familiar que emanam regras de convívio social e modelos de conduta nas relações intersubjetivas que, até os oito anos de idade, são recebidos, processados e reproduzidos como corretos em ambientes externos, como escolas, colégios e ambientes cibernéticos, por isso, a responsabilidade objetiva da família.
Portanto bullying é espécie de assédio moral indenizável, cuja responsabilidade civil objetiva é das escolas e dos pais, dependendo do local onde ocorra.
^^ Alexandre Saldanha, advogado, palestrante, é fundador da Liga
Anti-bullying, especialista em bullying, em mobbing e em direitos da
personalidade
Como todos sabem, recentemente foi divulgado que Pierre Bouvier estava novamente em estúdio, trabalhando em uma nova canção. Aparentemente, a canção em que o vocalista estava trabalhando é a “True Colors”, que faz parte de uma grande campanha que luta contra o bullying.
Além
de Bouvier, a música conta com a participação de artistas como Fefe
Dobson, Kardinal Offishall, Alyssa Reid, e Walk Off The Earth.
A canção foi oficialmente lançada para as rádios no dia 12 de Novembro, juntamente com a Bullying Awareness Week. As redas arrecadadas com a venda do single serão doadas para a Kids Help Phone.
Ouça abaixo!
Remember to keep the conversation going and stand up to bullying. If
you or someone you know is being affected by bullying, find help at http://www.kidshelpphone.ca/mytruecolors/.
Jacob Hoggard, Lights, Pierre Bouvier, Fefe Dobson, Kardinal Offishall,
Alyssa Reid, and Walk Off The Earth teamed up to show their support for
the anti-bullying movement and record Cyndi Lauper's classic True
Colors.
"Bullying is an issue that affects many of us. Whether
mild or severe, it's something that can negatively impact our lives, our
relationships, schooling, mental health, etc. Bullying is something
MuchMusic takes a hard stance against.
We encourage our audience to join us in standing up against bullying." -MuchMusic
A campanha é a versão portuguesa da ação It Gets Better e está a ser levada a cabo em Portugal pela associação Casa - Centro Avançado de Sexualidades e Afectos, noticia o site 19.
A
figura pública que participou em diversos reality-shows dá conta num
vídeo da sua experiência enquanto jovem, como vítima de bullying. Em
Portugal, já os eurodeputados Ana Gomes e Rui Tavares deram o seu apoio
ao projeto.
O projeto It Gets Better foi criado nos EUA em
2010 pelo jornalista Dan Savage e o seu companheiro Terry Miller. O
projeto foi criado como resposta ao suicídio de adolescentes que eram
vítimas de bullying porque eram gays ou os seus pares suspeitavam que
eram homossexuais. O movimento, que tem uma presença online, já obteve o
apoio de diversas figuras públicas, como Barack Obama, Hillary Clinton,
Ellen Degeneres que prestaram o seu testemunho em vídeo.
O bullying é o assunto do mais recente “O Promotor Responde”. As principais dúvidas sobre esse tema são esclarecidas pelo Promotor de Justiça Marcelo Wegner, da área da Infância e Juventude da Capital. Wegner explica como o ambiente escolar pode influenciar nessa prática, a diferença entre bullying e indisciplina, além de outras questões.
O Promotor esclarece que o bullying acontece quando há “condutas que são agressivas, intencionais, repetitivas contra outro aluno ou contra outro grupo de alunos causando extremo sofrimento”. A prática pode ser de forma direta, com agressões verbais ou físicas, ou de forma indireta, com fofocas, intrigas ou o isolamento da vítima.
Esse FAQ (sigla em inglês para perguntas mais frequentes) sobre bullying é formado por 18 perguntas. As questões foram elaboradas a partir das principais dúvidas da população percebidas pelas Promotorias de Justiça e Pelo Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude. “O Promotor Responde” é um programa disponível no canal do MPSC no YouTube sobre temas interessantes e assuntos do momento que envolvam a atuação do Ministério Público.
Quais as principais dificuldades para identificar o autor de bullying?
Como é responsabilizado o autor do bullying?
As vítimas de bullying têm direito a indenização?
Qual a diferença entre o bullying e o cyberbullying?
Qual a diferença do bullying praticado por meninos e do por meninas?
O ambiente escolar influencia a prática de bullying?
As escolas podem ser responsabilizadas pela prática de bullying?
O que é feito para que não se confunda indisciplina com bullying?
O que é bullying?
Houve um aumento nas denúncias com a popularização do termo bullying?
Existe alguma maneira de identificar quem pratica bullying?
Quem responde pelo bullying praticado por adolescentes e crianças?
O que é bullying indireto?
Quais são os tipos de bullying?
Qual é o perfil da vítima de bullying?
Como podemos identificar uma vítima de bullying?
A quem devemos recorrer em caso de suspeita de bullying?
Durante seu trabalho como Orientadora Educacional em grandes escolas,
Valeria Rezende da Silva teve contato diário com dilemas vividos pelos
estudantes. Nesse tempo, se aprofundou no tema bullying e, após uma temporada
de estudos nos Estados Unidos e a criação de um site, lança seu primeiro livro
no dia 22 de outubro. O objetivo é compartilhar com pais e educadores a visão
prática de quem vivenciou de perto os dramas causados pelo problema.
Ainda que o bullying, no Brasil,
apenas recentemente esteja sob a luz dos holofotes, a psicóloga observou
durante toda sua trajetória que esse é um tema antigo e recorrente. “Mesmo
assim, quando a situação acontece com uma criança ou adolescente próximo, ainda
pega de surpresa pais e educadores, que se sentem despreparados para enfrentar
o bullying”, afirma Valeria.
A psicóloga, após anos
atuando como Orientadora Educacional, decidiu aprofundar discussões sobre o
tema –orientando mais pais, alunos e educadores –através de um canal na
internet,www.bullyingnaoebrincadeira.com.brCom o mesmo nome que dá título ao livro, o site “Bullying não é
brincadeira” é uma referência clara à seriedade necessária para se lidar com o
problema. Com mais de mil acessos diários, o site tornou-se uma referência para
assuntos sobre bullying em diferentes cidades e Valeria passou a dar palestras
em escolas e entrevistas para importantes canais de comunicação, contribuindo,
por exemplo, para a reportagem de capa da Veja sobre o tema em 2011.
Foi a partir do site que surgiu a ideia do livro. “Passei a receber um
volume inesperado de pedidos de orientação e relatos sobre situações vividas
por jovens em todo o país. Decidi que um material mais aprofundado, mas com uma
linguagem simples e direta, era necessário e por isso decidi escrever o livro”,
afirma a psicóloga.
Recém-saído do forno,
“Bullying não é brincadeira” terá
seu lançamento oficial no próximo dia 22 em Campo
Grande, na Lalai Gastronomia, e há previsão de um segundo lançamento no Rio de
Janeiro. Além de estudos atuais sobre bullying em todo o mundo, o livro é
enriquecido por diversos depoimentos reais e pela visão prática de quem passou
anos dentro de escolas. Estará à venda no sitewww.bullyingnaoebrincadeira.com.br .
O diretor da Associação
Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Diretor da Sucursal do Rio de
Janeiro do Estadão, Marcelo Beraba, assina a orelha do livro. “Este livro é um
safanão. Os depoimentos são emocionantes, de uma sinceridade e de uma coragem
que nos obrigam a rememorar tudo o que vivemos no período escolar, na infância
e na adolescência, e a repensar cenas e momentos que imaginávamos normais, mas
que eram cenas e momentos de grandes sofrimentos para as crianças e jovens
vítimas do escárnio público”, afirma Marcelo. “Não é um
livro acadêmico, é uma conversa amorosa – dura, orientadora, mas amorosa –com
pais e educadores”, completa o jornalista.
Bullying é sempre um assunto polêmico, né? Seja em matéria rasa no Fantástico ou em discussões nas faculdades de sociologia e psicologia, é um fenômeno que só tem sido explorado e discutido nos últimos 20 a 30 anos, apesar de ser uma prática muito mais antiga. O documentário Bullying, do cineasta premiado Lee Hirsch, dá uma perspectiva americana de um movimento anti-bullying internacional. Segue sinopse:
Bullying (Bully) é um documentário centrado nos personagens, ricamente fotografado. No coração do filme estão aqueles que mais têm a perder com o assunto, cujas histórias representam uma faceta diferente do fenômeno do bullying nos Estados Unidos. Filmado durante o ano escolar de 2009/2010, Bullying abre uma janela para as vidas doloridas e muitas vezes ameaçadas das crianças que sofrem bullying, revelando um problema que transcende fronteiras geográficas, raciais, étnicas e econômicas. O documentário registra as respostas de professores e administradores a comportamentos agressivos que desafiam clichês do tipo “crianças são assim mesmo” e capta um movimento crescente entre pais e jovens para mudar a forma como se lida com o bullying nas escolas, nas comunidades e na sociedade como um todo.
Apesar do filme ter sido lançado em 2011 para abordar os casos de morte ou suicídio relacionados a bullying nos States, chega aqui apenas agora em 07 de Dezembro. Antes tarde do que nunca
Sinceramente.. Depois desta demonstraçao de sensibilidade me parece tão pouco, simplesmente, falar que eu já gostava e muito deste Presidente!! Que lição de humildade!! Quanta competência pra ser um humano grandioso, meu Deus!!. Pois podem me chamar, também, de chorana.. Inevitável não me emocionar com a resposta de Obama. Ok Presidente.. You're so fofo rs
Vamos ao post, né?!!
Abraços,
Ellen Bianconi
Muitos chamam Barack Obama de “lobo em pele de cordeiro”. Como editor-assistente de MUNDO do Diario de Pernambuco, sempre acompanho as idas e vindas do presidente norte-americano e tenho uma opinião bem contrária. Acho que, além de ser competente para governar a maior potência do mundo, Obama é humano e muito humilde. Republicanos o atacam afirmando que ele “detonou a economia” do país. Eu o admiro por respeitar e colocar os direitos das minorias à frente dos cifrões em suas prioridades no comando da Casa Branca.
O presidente reeleito virou assunto novamente nas redes sociais após o colunista do site do Huffington Post Jamie McGonnigal divulgar uma correspondência entre o democrata e uma garota de 10 anos. Sophia Bailey Klugh conta ao presidente que está sofrendo bullying por colegas na escola, por ser filha de um casal gay, e queria saber o que Obama faria em seu lugar. Na carta, ela disse que o presidente é seu herói e que ficou muito feliz por saber que ele concorda com o casamento de pessoas do mesmo sexo. No final da carta, ela desenha os pais, com lágrimas nos olhos.
Humildemente, o líder norte-americano respondeu às dúvidas da jovem admiradora. Podem me chamar de chorão, mas me emocionei com a resposta de Obama. Pode parecer besteira, mas eu sentiria que nossa luta contra o preconceito é mais forte se nossos chefes de estado também demonstrassem seu apoio em declarações como esta.
A troca de cartas foi realizada semanas antes das eleições.
Confira a tradução das duas cartas, na íntegra:
Carta de Sophia:
“Querido Barack Obama,
Aqui é Sophia Bailey Klugh, sua amiga que te convidou pra jantar. Se você não se lembra, tudo bem. Eu só queria te dizer que estou muito feliz por você concordar que dois homens podem se amar, porque eu tenho dois pais e eles se amam. Mas na escola as crianças acham que isso é nojento e esquisito, e isso realmente machuca meu coração e meus sentimentos. Então venho até você, porque você é meu herói. Se você fosse eu e tivesse dois pais que se amam, e garotos na escola falassem mal de você por causa disso, o que você faria?
Por favor, responda!
Só queria dizer que você realmente me inspira, e espero que você ganhe e continue sendo Presidente. Você faria deste mundo um lugar melhor.
Sua amiga Sophia.
P.S.: Diga oi pras suas filhas, Sasha e Maila, por mim!”
Carta de Obama:
“Querida Sophia,
Obrigado por me escrever uma carta tão reflexiva sobre a sua família. Lê-la me deixou orgulhoso de ser seu Presidente e mais esperançoso ainda sobre o futuro da nossa nação.
Na América, nenhuma família é igual. Nós celebramos essa diversidade. E reconhecemos que ter dois pais ou uma mãe não importa, o que importa é o amor que manifestamos um pelo outro. Você tem muita sorte em ter dois pais que te amam tanto. Eles têm sorte em ter um filha tão incrível como você.
Nossas diferenças nos unem. Você e eu somos abençoados por viver num país em que nascemos iguais, sem distinção pela nossa aparência externa, onde crescemos, ou quem nossos pais são. Uma regra boa é tratar os outros da mesma forma que desejamos ser tratados. Lembre seus amigos da escola desta regra se eles disserem algo que te machuque.
Mais uma vez, obrigado por abrir mão de seu tempo para me escrever. Sinto-me honrado por ter seu apoio, e inspirado pela sua compaixão. Desculpe por não poder ter ido jantar com você, mas eu certamente direi a Sasha e Malia que você disse oi.
RIO
- A vida de X, 13 anos, virou uma rotina de sofrimento desde o início
do ano. O jovem, que saiu do Rio de Janeiro para a casa dos avós, no
interior do estado, passou a sofrer bullying desde o primeiro dia de
aula no novo colégio.
A história, que se repete a cada dia nas escolas brasileira, chamou a
atenção da desembargadora Leila Mariano. No ano passado, ela organizou
um curso de mediação de conflitos escolares para educadores fluminenses,
na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), que
mereceu menção honrosa do Innovare.
- No primeiro momento, queríamos a diminuição da judicialização dos
conflitos escolares. Hoje, na Justiça, há ações para discutir problemas
entre alunos, professores e diretores que se sentiram atacados nas redes
sociais. São conflitos sensíveis nem sempre resolvidos pela solução
judicial - explica a desembargadora.
O projeto começou em julho de 2011, quando uma escola particular
procurou a Emerj com a demanda. A primeira turma contou com
especialistas ingleses e argentinos que discutiram os efeitos do
bullying no ambiente escolar. Hoje, mais de 200 educadores já passaram
pelos bancos da Emerj entre profissionais da rede privada e estadual.
Para a magistrada, com o advento das redes sociais, o que antes era
brincadeira ou provocação entre colegas de escola se torna uma agressão
séria. Ela defende que a escola deve reassumir o papel de protagonista
na mediação de conflitos.
- O paradigma mudou a partir das redes sociais. A pressão é 24 horas
por dia em cima das vítimas. Isso causa traumas profundos - explica.
Leila Mariano afirma que a menção fortalece a iniciativa:
- Que o prêmio traga luz a esse problema que deve ser encarado com a
participação conjunta da família, da escola e dos órgãos públicos.
Apesar de a prática odiosa do "bullying" afetar um enorme número de
crianças e adolescentes na escola, o problema não é suficientemente
discutido. Mas há projetos a respeito no Senado (Foto: Agência Senado)
A odiosa prática, nas escolas, do bullying
— intimidação, humilhação e agressões recorrentes contra crianças e
adolescentes, partindo em geral dos próprios colegas — está em discussão
no Congresso, e isso é uma boa notícia.
Nem todos os projetos caminham. Em alguns casos, seus relatores,
depois de estudarem a matéria, não concordaram com o conteúdo e
pretendem propor modificações. O importante, porém, é que, além de
alguns projetos estarem sendo aprovados em comissão, o assunto, que
afeta a um enorme número de crianças e adolescentes mas não é debatido
como deveria, está movimentando o Congresso.
Da Agência Senado
Presente no cotidiano de diversas escolas do país, a prática do bullying – intimidações,
humilhações e agressões recorrentes –, vem chamando a atenção dos
senadores, que já apresentaram quatro projetos de lei com o objetivo de
contribuir para a proteção de crianças e adolescentes.
A criminalização do bullying também é prevista no projeto de reforma do Código Penal (PLS 236/2012), que atualmente passa pela análise de uma comissão especial no Senado, no tipo criminal denominado “intimidação vexatória”.
O tema foi igualmente discutido em audiências públicas. Em novembro
de 2011, em debate na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH), o promotor de Justiça do Mato Grosso do Sul Sérgio
Harfouche disse que a autoridade de professores e diretores deve ser
reforçada.
Harfouche sugeriu que a escola tenha o poder de determinar a adoção
de medidas disciplinares e educacionais mais rígidas para estudantes que
cometerem práticas caracterizadas como bullying.
Projetos de lei
Dos projetos de lei em tramitação, dois são de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). O PLS 178/09
altera os artigos 3º, 14 e 67 e acresce o artigo 67-A à Lei de
Diretrizes e Bases da Educação, com o objetivo de fortalecer a cultura
da paz nas escolas e nas comunidades adjacentes. Aprovado em carater
terminativo na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) — ou seja,
nos termos da Constituição, sem mais precisar pela votação de todos os
senadores, no plenário –, o projeto já está na Câmara dos Deputados.
A proposta altera a legislação para incluir como princípio a ser
considerado no ensino a superação de todas as formas de violência,
internas e externas à escola, “na perspectiva da construção de uma
cultura da paz”.
O projeto também estabelece a periodicidade mínima quinzenal para as
reuniões dos conselhos escolares, em horários compatíveis para todos,
incentivada a presença de representantes da comunidade local,
especialmente das áreas da saúde, segurança, cultura, esportes e ação
social.
De acordo com o texto, pelo menos um terço da carga horária semanal
remunerada deve ser reservado a estudos, planejamento, avaliação e
integração com a comunidade escolar e local. As escolas públicas de
ensino fundamental e médio devem ter em seu quadro de pessoal
profissionais habilitados na manutenção dos espaços educativos, que
incluam o zelo pela segurança escolar e pelas relações pacíficas com a
comunidade local.
Violência contra os professores
O PLS 191/2009,
por sua vez, estabelece procedimentos de socialização e de prestação
jurisdicional e prevê medidas de proteção para os casos de violência
contra os professores “oriunda da relação de educação” — ou seja,
ocorrida nas escolas.
O projeto está Comissão de Direitos Humanos e Legislaçao
Participativa (CDH) para exame do relator, senador Ricardo Ferraço
(PMDB-ES).
Ferraço pretende rejeitar ou modificar o projeto. Ele alega que a
ênfase que o projeto deposita na aplicação de medidas punitivas e
repressivas contra os alunos agressores – e de proteção policial e
judicial aos professores agredidos – reforça a percepção de que
professores e alunos são antagonistas, e não parceiros, na educação.
Uma abordagem mais construtiva, segundo o senador, poderia partir de
intervenções de cunho pedagógico, psicológico e socializador que possam
abordar diretamente as frustrações e a eventual rebeldia dos alunos;
promover a conscientização de professores e alunos acerca da relação de
parceria e das suas respectivas responsabilidades no processo educativo;
promover uma cultura de paz e, com isso, prevenir a violência.
Nesse sentido, Ferraço considera importante contrastar
responsabilidade e hierarquia, compreensão e sujeição, e prevenção da
violência e sua repressão, sem prejuízo da aplicação de medidas
socioeducativas, caso haja agressões.
Ambiente escolar seguro
Outro projeto, o PLS 228/2010,
altera a Lei 9.394/96 para incluir entre as incumbências dos
estabelecimentos de ensino a promoção de ambiente escolar seguro e a
adoção de estratégias de prevenção e combate ao bullying. De
autoria do senador Gim Argello (PTB-DF), o projeto foi aprovado em
decisão terminativa na Comissão de Educação em junho de 2011, seguindo
para exame da Câmara.
O projeto atribui aos estabelecimentos de ensino a incumbência de
adotar estratégias de prevenção e combate a práticas de intimidação e
agressão recorrentes na comunidade escolar.
De autoria do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), o PLS 196/2011 também modifica a LDB para dispor sobre o combate ao bullying
nas escolas. A matéria aguarda inclusão na ordem do dia desde dezembro
de 2011, mas o voto do relator da proposta, senador Mozarildo Cavalcanti
(PTB-RR), é pela prejudicialidade, já que seu conteúdo é muito
semelhante ao do PLS 228/2010.
Nos casos de bullying, a plateia é
tão responsável quanto o agressor. Esse é o ponto fundamental para minar
o comportamento dentro das escolas: acabar com os expectadores.
"Afinal, gozação maldosa sem público não tem graça", observa o professor
Marcos Gomes Guimarães, que tem 35 anos de experiência na área da
Educação e ministra palestras sobre o tema. Marcos esteve em Sorocaba na
sexta-feira passada, a convite do Colégio Liceu Pedro II para falar
sobre "Bullying - Prevenção e Atitudes"; e reuniu educadores e pais, no
auditório da Fundação Ubaldino do Amaral (FUA).
Conforme o palestrante, existem formas de trabalhar para que a plateia,
ao invés de colaborar com o agressor, acabe censurando seu
comportamento. Marcos conta que desenvolveu um projeto, intitulado
"Turma do Bem", que é simples e pode ser aplicado em todas as escolas.
"A Turma do Bem elimina os agressores, acaba tornando fora de moda tirar
sarro do gordinho", afirma.
Funciona da seguinte forma: logo no início do bimestre, o professor
escolhe dois estudantes da sala para fazer parte da "Turma do Bem".
Serão os responsáveis por "cuidar" da escola, e podem ser passadas
algumas responsabilidades nesse sentido. "Eles ganham camiseta e adesivo
da "Turma do Bem", o que faz com que se sintam especiais", acrescenta
Marcos. No bimestre seguinte, são escolhidos mais dois alunos por
votação dos próprios colegas de classe. E no terceiro bimestre dois
candidatos a bullying são os escolhidos.
"O professor deve escolher aqueles que considera que seriam alvos em
potencial desse tipo de agressão", explica. O legal da "Turma do Bem é
que eles também se reúnem para ver filme, tomar guaraná e comer pipoca.
Os laços de amizade vão se fortalecendo e, claro, a "Turma do Bem" não
faz maldades, portanto não pratica bullying. "Sei de escolas que há
cinco anos não têm nenhum registro de bullying", diz Marcos, que vai até
as instituições de ensino explicar sobre o projeto, pelo custo de uma
palestra.
Ainda de acordo com o palestrante, a partir do momento que o agressor
vai para a "Turma do Bem", ele defende todo mundo. "É preciso que pais e
professores estejam unidos para ensinar tolerância, aceitação,
solidariedade... Uma das formas de evitar o bullying é ensinar às
crianças que o que eu não desejo para mim, não desejo para o outro. Isso
desencoraja tanto a pessoa que praticaria o bullying quanto a que seria
da plateia."
Marcos explica que o bullying é diferente de gozação. "A gozação nunca
vai deixar de existir, mas quando há uma gozação até o alvo dela ri,
descontrai junto, o problema é quando se torna constante e a pessoa não
gosta", esclarece. Bullying (do inglês bully, valentão) é um termo
utilizado para descrever atos de violência física ou psicológica,
intencionais e repetidos, praticados por um indivíduo ou grupo de
indivíduos causando dor e angústia, sendo executados dentro de uma
relação desigual de poder.
"Geralmente o bullying é praticado dessa forma: 10 contra um",
acrescenta Marcos, que cita um exemplo sobre a diferença entre gozação e
bullying: "Um dia vem alguém e fala que a pessoa é cor de abóbora,
todos riem inclusive ela, é uma coisa. Outra coisa é vir outro dia com
uma música sobre a cor de abóbora, depois no outro dia desenhar uma
abóbora na lousa e falar que essa abóbora é a fulana, colocar apelido,
falar para a escola inteira que a pessoa está ficando gorda como uma
abóbora, que a pessoa não serve para nada a não ser para fazer doce, e
assim por diante. De repente, por causa disso, uma excelente aluna não
quer mais ir para a escola e com isso perde-se um talento", diz.
Ainda com relação à plateia, outro acontecimento de grande importância é
fazer com que essas pessoas tenham consciência de que quando observam
uma ação ruim acontecendo com alguém, elas tem a obrigação de falar com
um responsável. "Isso não é dedar, é alertar. Por causa disso, porque
ninguém falou nada, um garoto ficou pendurado na parede durante horas em
uma escola dos Estados Unidos."
Gente bonita também sofre
Ao contrário do que muitos podem pensar, não são só os feios que sofrem
bullying. "Gente bonita também sofre", ressalta Marcos. "Todas as
pessoas diferentes sofrem bullying e o agressor ou agressores fazem isso
porque querem exterminar aquela pessoa, reduzir a nada", afirma. Uma
das constatações dos casos de bullying é que o agressor agride para não
ser agredido. "Muitas vezes ele não tem ideia do que está causando.
Portanto cabe a nós, pais e educadores, ensinarmos que esse tipo de
atitude não é bom para o ser humano. A verdade é que crianças agressoras
existem porque as crianças aprendem o que vivenciam. A pessoa é aquilo
que ela vê dentro de casa."
Marcos orienta que o correto é mostrar para as crianças que a diferença é
bonita. "Tem que ter no mundo pessoas altas, baixas, gordas, magras,
afinal se não fosse assim a gente não casava. O ser humano tem como
natureza procurar algo diferente na vida, que ele não tenha. Além disso,
todos têm algum defeito, não existe a perfeição. Ninguém é perfeito,
graças a Deus", diz. Não só os pequenos, mas os jovens também praticam o
bullying, observa Marcos. "Aliás no mundo corporativo também é assim,
tem colegas de trabalho que querem fazer a pessoa ter vontade de sumir,
forçar a pessoa a pedir demissão, e como esse agressor não tem força o
suficiente, então arruma outros para ajudar. A verdade é que o mundo não
quer que você tenha sucesso, o sucesso incomoda."
Outro caso citado pelo palestrante é com relação ao cyberbullying,
praticado pelos meios eletrônicos, pode ser pela internet - através de
emails ou das redes sociais -, ou mesmo o celular. "Nesses meios os
jovens costumam praticar difamações, calúnias, ameaças, então nesse caso
o que precisa ficar claro para eles é que esses meios são registros que
documentam e que por isso eles podem ser processados. Aí a coisa fica
mais séria".
Pais devem prestar atenção
Os pais devem prestar atenção em seus filhos, perceber se há mudanças em
seu comportamento, se estiverem mais quietos e não quiserem mais ir
para a escola. Um olhar mais cuidadoso e também afetuoso é importante
para que a criança sinta que tem em quem confiar, que alguém a entende e
que ela não está sozinha. "Muitas vezes a criança tem receio de falar,
então cabe aos pais sondar, saber o que está acontecendo, a criança pode
chegar da escola chorando, então têm de ficar atentos. Amizade e
parceria entre pais e filhos são muito importantes."
Quando os pais constatam que seus filhos estão sendo vítimas de
bullying, o ideal é conversarem na escola, com a professora e tentarem
juntos uma solução que não exponha a criança e aumente ainda mais o
problema. "Os pais da criança agressora devem ser avisados sobre o que
está acontecendo e a última fase é chamar a criança que pratica o
bullying, para que ela tenha noção do que está fazendo", orienta Marcos.
Marcos Gomes Guimarães é professor, advogado e orientador pedagógico.
Realiza palestras desde 2001. Escolas interessadas em saber mais sobre o
projeto "Turma do Bem" podem entrar em contato com ele pelo telefone
(16) 9601-9584 ou pelo email palestrasmarcos.gg@gmail.com.
- A Peste da Janice, de Rafael Figueiredo
- Forrest Gump, de Robert Zemeckis
- Kes, de Ken Loach
- Um Grande Garoto, de Chris Weitz e Paul Weitz
- De Repente 30, de Gary Winick
- Lucas, um Intruso no Formigueiro, de John A. Davis
- Ponte para Terabítia, de Gabor Csupo
- Meninas Malvadas, de Mark S. Waters
- Deixe Ela Entrar, de Tomas Alfredson
- Bang Bang, Você Morreu, de Guy Ferland
- Billy Elliot, de Stephen Daldry
- Bullying - Provocações Sem Limites, de Josetxo San Mateo
Livros sobre o assunto
- Bullying Escolar, de Cleo Fante
- Bullying, de Ana Beatriz Barbosa Silva
- Os Óculos do Dudu, de Silmara Rascalha Casadei
- Morango Sardento e o Valentão da Escola, de Julianne Moore
- Bullying na Escola - Meu Material Está Sumindo, de Cristina Klein
- O Mundinho sem Bullying, Ingrid Biesemeyer Bellinghausen
- Laís, a Fofinha, de Walcyr Carrasco
- Orelhas de Borboleta, de Luisa Aguilar
- As Crianças Aprendem o que Vivenciam, de Rachel Harris e Dorothy Law Nolte
Músicas que incentivam a superação
- Epitáfio, Titãs
- Volta por Cima (Noite Ilustrada), Beth Carvalho
- Mais Uma Vez, Renato Russo
- Assim Caminha a Humanidade, Lulu Santos
- Semente do Amanhã, Erasmo Carlos
- Tente Outra Vez, Raul Seixas
- Apesar dos Poucos Anos, Tim Maia