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domingo, 8 de maio de 2011

O bullying e a omissão




Encontrei esse manifesto nas minhas pesquisas pela internet, postada abaixo de uma matéria sobre O Bullying e a omissão

Vejam a importância de nós, Pais, SEMPRE estarmos atentos!!! Esta, por experiência própria é, na minha opinião, a melhor prevenção no combate ao Bullying!! 
Embora, estarmos atentos não nos dê a convicção da proteção integral frente à este perigo tão iminente, ao menos, temos a certeza, que é uma condição sine qua non   para evitar  a  perpetuação dessa prática. 

Abraços,
Ellen Bianconi



Maricá, 30 de outubro de 2008.

À Secretaria de Educação do Município de Maricá.

                                                    MANIFESTO



Eu, Nelson ……………. de Azevedo Neto, na qualidade de PAI, da aluna ………………… Soares de Azevedo, 11 anos de idade, cursando a 4ª série (Turma ….) do ensino fundamental, na ESCOLA MUNICIPAL …………………….., situada neste município, quero registrar, por intermédio desta, a minha profunda indignação, devido ao “CAOS” que se instalou nesta escola, desencadeando fatos graves, que vem ocorrendo sucessivamente desde o início deste ano letivo. Entre tais fatos cito alguns que presenciei e/ou tomei, conhecimento e que envolvem crianças entre 7 e 12 anos como autores ou vítimas, inclusive minha filha. São eles: Agressões violentas constantes, assédio sexual e, furtos entre alunos; exposição à elevado grau de risco e ao constrangimento na superlotação do transporte escolar municipal; e a omissão de alguns funcionários da escola presente aos fatos.

É com pesar que constatei o total descaso e despreparo com que é tratada, em algumas escolas públicas deste município, a questão da metodologia educacional, além da filosofia equivocada e hipócrita de alguns educadores que confundem o exercício da autoridade (em nível escolar) e a promoção da ordem e respeito mútuo, com a violação do “Estatuto da Criança e do Adolescente”, promovendo a omissão como forma de protegerem-se de possíveis represálias e/ou sanções legais, dando a sensação de impunidade a alunos totalmente desajustados e contribuindo para a continuidade de um comportamento muitas vezes de conotação criminosa, em detrimento dos direitos constitucionais legítimos de bons alunos que freqüentam a escola para estudar/aprender, e que nestes casos, devem prevalecer sobre os direitos daqueles que se portam, insistentemente, de forma delinqüente, sob pena de, numa total inversão de valores, contribuir para formação de futuros cidadãos omissos e com total desprezo as regras de convívio em sociedade. Por mais que se compreenda que na maioria das vezes as políticas públicas voltadas para a educação deixem, em muito, à desejar, desmotivando e dificultando o trabalho dos profissionais da educação… E mesmo consciente da responsabilidade familiar na formação do caráter de seus dependentes… Não há nada que justifique a OMISSÃO e a NEGLIGÊNCIA de alguns profissionais que formam o quadro funcional de uma escola pública, intitulados “educadores(as)”, mas que, infelizmente, muitas vezes parecem desconhecer que dentre suas principais atribuições e responsabilidades estão:

- Transferir conhecimento;


- Promover e/ou contribuir para um ambiente escolar propício ao aprendizado;

- Preparar os seus alunos para o convívio social e o exercício da cidadania;
- Zelar pela segurança e bem estar dos alunos enquanto estiverem sob sua responsabilidade…

Esta omissão e/ou negligência por parte de educadores que atuam no ensino de base (fundamental) conflita diretamente com a formação moral passada pelos pais que realmente se importam com o futuro de seus filhos, confundindo-os, desiludindo-os e, muitas vezes, deformando o caráter. Além de transferir para estes alunos a responsabilidade de decisão e ação diante de situações de conflito e risco que muitos deles nunca experimentaram, devido a pouca idade e imaturidade dos mesmos. Tal conduta caracteriza uma ATITUDE COVARDE, QUE NÃO CONDIZ COM QUEM SE PROPÕE E É PAGO PARA EDUCAR, ORIENTAR, E CONTRIBUIR PARA QUE NOSSOS FILHOS TORNEM-SE CIDADÃOS PRODUTIVOS E “DE BEM”…


“… DIARIAMENTE ASSISTIMOS EM NOTICIÁRIOS QUE DIVERSAS ESCOLAS PÚBLICAS TORNARAM-SE TERRITÓRIOS ONDE IMPERA A “LEI DO CÃO”… AONDE PROFESSORES E ALUNOS SE VEÊM REFÉNS DA VIOLÊNCIA… TENHO A CONVICÇÃO QUE ISTO REFLETE, ENTRE OUTRAS CAUSAS, A INÉRCIA, O DESCASO, A POLÍTICA INCOERENTE E IRRESPONSÁVEL DE POLÍTICOS E AUTORIDADES, BEM COMO A CLASSIFICAÇÃO DE CIDADÃOS “DE BEM” COMO ALIENADOS PELO “ESTADO”. E, PRINCIPALMENTE, PELA PROMOÇÃO DA CULTURA DA “NÃO REAÇÃO” DIANTE DA AÇÃO DE “DEGENERADOS”… SE HOJE VIVENCIAMOS UMA GUERRA ATÉ DENTRO DE NOSSAS ESCOLAS… É CHEGADA A HORA DE TODOS ESCOLHERMOS UM LADO E ENCARARMOS O INIMIGO DE FRENTE PARA CONSEGUIRMOS AVANÇAR NO CAMPO DE BATALHA… OMITIR-SE, É SE COLOCAR EM FOGO CRUZADO, DUPLICANDO AS CHANCES DE SER ATINGIDO… ACOVARDAR-SE É ENFRAQUECER UM LADO E CURVAR-SE AO OUTRO… COMO HOMEM, PAI, CIDADÃO DE BEM, COM VISÃO CLARA “DO CERTO E DO ERRADO” E CAPACIDADE INEQUÍVOCA DE DISTINGUIR O “BOM” DO “MAU”, JÁ ESCOLHI O MEU LADO… E LUTAREI MESMO QUE DE FORMA SOLITÁRIA… E É ESTE LEGADO QUE DEIXAREI PARA MINHA FILHA.”

“ENTRE ALGUNS DOS FATORES QUE MAIS CONTRIBUEM PARA A DEGRADAÇÃO DE UMA SOCIEDADE ESTÃO AS DIVERSAS FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DA COVARDIA.”


               ………………………………………………………………………………




CONCLUSÃO: Após a apresentação deste manifesto e de uma conversa franca e “contundente” a uma comissão formada pelos diretores e “educadores” da escola onde o “caos imperava” durante uma reunião extraordinária convocada numa plena sexta-feira, bastou apenas o período de um fim-de-semana, para que a mesma escola onde, até então, os alunos balburdiavam, depredavam o seu patrimônio, e se hostilizavam/agrediam nas dependências da mesma, inclusive durante as aulas e na presença dos professores, se transformasse quase num paraíso educacional, onde era possível escutar o arrulhar dos pombos que passeavam nas dependências externas… E, esta paz e civilidade relativa – digo relativa porque havia uma “guerra” interna entre diretores e funcionários/educadores – durou até o fim do ano letivo… No entanto, quando, em conversa com o então secretário de educação do município, percebi que o mesmo não passava de um “come-e-dorme”, incompetente, e leniente com suas funções, decidi transferir minha filha para uma escola pública estadual que apresentava um quadro administrativo escolar aceitável, e nesta ela permanece até hoje, além de ser avaliada pelos educadores como aluna exemplar, inclusive com alguns prêmios recebidos em concursos organizados pelo MEC… Quanto aos alunos da escola anterior, receio que os não terão as mesmas oportunidades da minha filha… E ISTO EU CONSIDERO LAMENTÁVEL…


Fonte: http://www.cartacapital.com.br/saude/o-bullying-e-a-omissao

2 comentários:

  1. Em parte é verdade o que vocês afirmam, no entanto, a insegurança não é responsabilidade, nem mesmo a sua promoção, dos professores, que em muitos casos estão acuados por alunos sem educação (familiar)e desprovidos dos valores mais essenciais que é: o respeito. O que vejo como professor (não educador) que sou, é que as famílias, em sua maioria, jogam seus filhos nas escolas e não estão nem aí para o mais, são chamados para acompanharem a evolução ou os problemas de seus filhos, estão trabalhando, não podem, enfim, tudo é mais importante que a sua criança. Existem muitas coisas a serem corrigidas temos é de começar, talvez a primeira fosse a reestruturação familiar. Um abraço e gostei muito do blog.

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  2. Olá..

    psicopedagogiaeeducação, Boa noite!

    Concordo com você que, em muitos casos, a ausência dos pais na escola, e porque não dizer na vida de seus filhos, é enorme, sim!!E gera uma associação quase imediata com a permissividade que acompanha a educação cômoda adotada por alguns.
    A reestruturação familiar é, sem dúvida, um fator super importante, mas é preciso mais.. muito mais!! Não dá pra generalizar muito menos banalizar!! Ainda há muito a ser feito, mas eu vejo, hoje, muito mais pessoas envolvidas na busca por soluções, o que é muito positivo!! Estou 'envolvida' com esse tema desde 2003, época que a minha filha sofreu o bullying no colégio particular de origem Cristã onde estudava e, naquela época, quando quando sugeri o nome, as Freiras e mais algumas outras pessoas que trabalhavam em órgãos que tinham o poder de coibir tal prática, riram de mim. Afirmaram não haver nenhuma associação com essa prática e, pasme, alegaram que o problema residia no fato dela ser filha única e, consequentemente, eu era 1 mãe superprotetora e, ainda, que por ser a única mãe que reclamava não havia muito a ser feito!!!!
    Então.. Constatar todo esse movimento em torno do Bullying é, pra mim, ao menos, reconfortante pois alerta, de um modo geral, a sociedade para 1 problema cruel com consequências mais cruéis, ainda.!!
    Obrigada pelo elogio.. é sempre muito bom saber que os posts estão agradando.

    Um abraço,
    Ellen Bianconi

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