O bullying se tornou um dos grandes temas de debate na sociedade. São vítimas de bullying todos aqueles considerados “diferentes” da maioria, principalmente quando crianças, inclusive quem tem deficiência.
Palavras ofensivas, isolamento, ou até mesmo agressões físicas são os principais artifícios para quem quer provocar o bullying. Mas, como identificar se alguém está sofrendo estas “agressões”?
A revista “Nova Escola”, especializada em Educação, orienta, em artigos e reportagens, que os professores identifiquem os sintomas de quando notar alguma mudança de comportamento do aluno, principalmente quando ele possui deficiência. Pois, segundo a revista, a criança com deficiência não tem habilidades físicas ou emocionais para se defender dos ataques.
Em pesquisa sobre o tema, realizada com 18 mil estudantes, professores, funcionários e pais, em 501 escolas em todo o Brasil, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) constatou que 96,5% dos entrevistados admitem o preconceito contra pessoas com deficiência, principalmente pela falta de informação em relação ao assunto.
Dicas
A revista dá dicas de como professores devem agir em casos de bullying com estudantes com algum tipo de deficiência.
- Conversar abertamente sobre a deficiência do aluno com todos na presença dele;
- Adaptar a rotina para facilitar a aprendizagem sempre que necessário;
- Chamar os pais e a comunidade para falar de bullying e inclusão;
- Exibir filmes e adotar livros em que personagens com deficiência vivenciam contextos positivos;
- Focar as habilidades e capacidades de aprendizagem do estudante para integrá-lo à turma;
- Elaborar com a escola um projeto de ação e prevenção contra o bullying.
- Adaptar a rotina para facilitar a aprendizagem sempre que necessário;
- Chamar os pais e a comunidade para falar de bullying e inclusão;
- Exibir filmes e adotar livros em que personagens com deficiência vivenciam contextos positivos;
- Focar as habilidades e capacidades de aprendizagem do estudante para integrá-lo à turma;
- Elaborar com a escola um projeto de ação e prevenção contra o bullying.
Falta orientação aos professores
O pedagogo Giovani Machado, especialista em educação inclusiva, adverte que os professores não estão preparados para lidar com bullying em sala de aula. “Faculdade não prepara os futuros professores para trabalhem esses assuntos atuais. A sala de aula não é mais homogênea, como dizem. Temos que aprender no dia-a-dia mesmo”, afirma o professor.
Incluir ou integrar?
Professores e pais se perguntam o que é melhor para crianças com deficiência, colocar na sala com outros alunos e não utilizar a sala de recursos, para tentar inclui-la? Ou só usar a sala de recursos e estudar apenas com outras com deficiência sem haver inclusão, como existem ainda em algumas instituições? O que é mais comum, agora nas escolas que já incluem alunos é a pessoa estudar na sala com pessoas que não tem deficiência e caso for necessário, como para deficientes visuais e auditivos, utilizarem as salas de recurso como forma de complementar o estudo.
Para discutir sobre este dilema da educação, é interessante lembrar de alguns conceitos que se parecem, mas são bens diferentes: integração e inclusão. O conceito da integração vem dos anos 80, como consta no manual “Mídia e deficiência, em que “a sociedade só aceitava inserir na sociedade pessoas que fossem consideradas prontas para conviver no sistemas sociais”. Já a inclusão, conceito vigente nos dias de hoje, é que todos têm direito a participar da sociedade.
Este conceito de sociedade inclusiva, começou a tomar força depois de 1981, em que aconteceu o Ano da pessoa com deficiência promovido pela ONU (Organização das Nações Unidas). Cada vez mais a sociedade está incorporando o conceito de inclusão, porém muitas pessoas, escolas ainda utilizam a integração na realidade, inclusão só nome.
Nessas instituições educacionais os alunos têm que “se preparar” em classes especiais para frenquentarem escolas regulares. Logo, as salas de recurso cumpririam este papel, apesar de ser muito importante para alguns alunos que precisam complementar os estudos, até porque muitas escolas ainda sentem dificuldade de incluir nas salas regulares por falta de materiais em braille, ou professores que não sabem LIBRAS.
Assim, o conceito de escola inclusiva é importante não só para alunos com deficiência, mas para os sem deficiência também, pois promove o aprendizado de conviver com as diferenças o que é muito importante, já que os estudantes de hoje serão pessoas que podem tornar cada vez mais o mundo um lugar para todos. Entretanto, esta inclusão deve ser feita de maneira correta, com professores, diretores empenhados em não só integrar alunos, mas construir cidadãos comprometidos em tornar a sociedade mais inclusiva, eliminando preconceitos.
Fonte: http://www.guiainclusivo.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário