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sexta-feira, 20 de julho de 2012

Bullying e exclusão podem prejudicar jovens


Estudo mostra que tais práticas podem ser as causadoras de depressão ou ansiedade em crianças com necessidades especiais de saúde.



Os desafios como o de lutar contra doenças crônicas ou deficiência de desenvolvimento são suficientes para que um jovem tenha qualidade de vida e integração social razoáveis.

Mas ser deixado de lado, ignorado ou intimidado pelas pessoas é a principal razão pela qual o jovem com necessidades especiais de saúde, relata sintomas de ansiedade ou depressão, de acordo com um estudo apresentado, em 29 de abril de 2012, no Pediatric Academic Societies (PAS) reunião anual em Boston.

Pouca pesquisa específica foi feita sobre a relação entre vítima de bullying e jovens com necessidades especiais. Foi realizado um estudo, e os pesquisadores liderados por Margaret Ellis McKenna, MD, pesquisadora sênior em desenvolvimento comportamental na pediatria da Medical University of South Carolina, investigaram o impacto do assédio moral da exclusão, e diagnóstico de uma condição médica crônica no bem-estar emocional de jovens com necessidades especiais de saúde.

Os participantes tinham idades entre 8 e 17 anos e foram recrutados em um hospital infantil durante as visitas de rotina dos médicos. Um total de 109 jovens e os pais deles ou responsáveis responderam a questionários sobre os sintomas de ansiedade e depressão. Os jovens também completaram uma ferramenta de triagem que avalia se eles tinham sido assediados ou excluídos pelas pessoas.

As principais categorias de diagnósticos encontrados nos jovens foram:

1- Déficit de atenção e hiperatividade (39%);
2- Fibrose cística (22%);
3- Diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2 (19%);
4- Doença falciforme (11%), obesidade (11%);
5- Deficiência mental (11%);
6- Transtorno do espectro do autismo (9%);
7- Baixa estatura (6%).

Várias crianças tiveram uma combinação desses diagnósticos.

Os resultados das respostas dos jovens sobre os questionários mostraram que quando eram intimidados ou excluídos, estes eram as mais fortes causas de aumento dos sintomas de depressão ou ansiedade.

Ao olhar para ambos os relatórios, de pai e filho, a exclusão foi o mais forte indicador desses sintomas. “O que é notável sobre estas descobertas é que apesar de todos os muitos desafios que essas crianças enfrentam com relação ao diagnóstico de doença crônica ou de desenvolvimento, ser intimidado ou excluído pelos colegas foram os fatores mais prováveis para predizer se ou não relataram sintomas de depressão”, explica Dr. McKenna.

Os profissionais precisam estar atentos à triagem para a presença de ser intimidado ou ostracismo neste grupo já vulnerável dos estudantes. Além disso, as escolas devem ter políticas claras para prevenir e lidar com o bullying e exclusão. Os estudos sugeriram programas que promovam uma cultura de inclusão e sentimento de pertencimento a todos os alunos.

Traduzido e adaptado por Dr. José Luiz Setúbal

Fonte: Pediatric Academic Societies (PAS) annual meeting in Boston april 2012

Fonte: http://saudeinfantil.blog.br/2012/07/bullying-e-exclusao-podem-prejudicar-jovens/

terça-feira, 17 de julho de 2012

Bullying, uma prática que transcende a escola


Atualmente é comum falar de bullying, termo da língua inglesa que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
 
A escola é um dos contextos em que o Bullying mais se faz presente, uma vez que se encontram no mesmo espaço muitas crianças, o que torna difícil a constante vigilância e imediata punição dos comportamentos por parte dos adultos.
 
Entretanto, de acordo com Nadjane de Oliveira, pedagóga e mestra em Desenvolvimento da Criança, grande parte das pessoas confunde ou tende a interpretar o bullying como a prática de atribuir apelidos pejorativos às pessoas e associá-lo exclusivamente ao espaço escolar.
 
Segundo a mesma, no entanto, o conceito é mais amplo. “O bullying é algo agressivo e negativo, executado repetidamente e ocorre quando um desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas. Desta forma, este comportamento pode ocorrer em vários ambientes, além da escola, como em universidades, no trabalho ou até mesmo entre vizinhos”, disse.
 
As vítimas que sofrem de bullying geralmente se calam, por vergonha, por acharem que são culpadas ou até achar que merecem os apelidos, ou por falta de oportunidade de diálogo. Cabem, então, a pais e professores a tarefa e identificar se algo de errado na vida social da criança ou do adolescente. A psicóloga ressalta que só consegue notar diferenças quem acompanha o cotidiano da pessoa.
 
“O primeiro passo é observar se a pessoa está mais irritada, nervosa ou triste que o normal”, destacou.
Para a psicóloga, sofrer e praticar bullying estão intimamente ligados. “Muitos praticantes de bullying também já foram vítimas de ataques e encontram uma maneira de vingar seu passado”, relatou.
 
Além disso, conforme a especialista, outro perfil comum entre os agressores é o de crianças ou adolescentes que crescem em um ambiente agressivo. “Geralmente, quem sofre ataques dentro de casa e aprende que a linguagem da violência é aceitável, começa a praticá-la em outros ambientes”, afirmou.
Ou ainda pessoas que acreditam que para liderar e conquistar o respeito de uma turma precisa abusar da tirania e da humilhação.
 
Como agir
 
Não há receita eficaz de como educar filhos, pois cada família é um mundo particular com características peculiares. Mas, apesar dessa constatação, não se pode cruzar os braços e deixar que as coisas aconteçam sem que os educadores, primeiros responsáveis pela educação e orientação dos filhos e alunos, façam algo a respeito.
 
A educação pela e para a afetividade já é um bom começo. O exercício do afeto entre os membros de uma família é prática primeira de toda educação estruturada, que tem no diálogo o sustentáculo da relação interpessoal. Além disso, a verdade e a confiabilidade são os demais elementos necessários nessa relação entre pais e filhos.
 
Os pais precisam evitar atitudes de autoproteção em demasia ou de descaso referente aos filhos. A atenção em dose certa é elementar no processo evolutivo e formativo do ser humano.
 
Consequências

As consequências do bullying afetam a todos, mas a vítima é a mais prejudicada. Inclusive, podendo gerar danos por toda a vida. Dentre as consequências mais comuns estão o desenvolvimento e reforço de atitudes de insegurança e dificuldade relacional, apatia, retraimento e ausência de autodefesa aos ataques externos.
 
Em casos mais graves, pode desencadear um quadro de neuroses, como a fobia social e psicoses. Ou ainda, dependendo da intensidade dos maus-tratos sofridos, depressão, suicídio e/ou homicídio seguido de suicídio.
 
Nadjane acrescenta que o agressor quando adulto, acostumado com o comportamento violento, pode repetir os mesmos padrões e acabar sendo acusado de assédio moral no ambiente do trabalho.
 
Confira a cobertura completa na edição de hoje (12) do Jornal Folha do Estado
 
Leia também:
 
Bullying é combatido na internet

FONTE:http://www.jornalfolhadoestado.com/noticias/2814/bullying-uma-pratica-que-transcende-a-escola

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O quanto você sabe sobre o BULLYING?


 
A psicopedagoga Lisandra Pioner enviou este texto abaixo sobre BULLYING para compartilhar com as leitoras do Meu Filho.

O bullying, palavra tão em moda no momento, deriva do inglês e significa intimidar. Intimidar nada mais é do que assustar, atemorizar.

Rejeição social, infelizmente, é comum em lugares com grande número de pessoas, principalmente crianças e jovens, ou seja, nem toda a criança que passa por atritos com colegas está sofrendo bullying, pois este é um ato de violência física ou psicológica, caracterizado por ser intencional e repetido, praticado por um indivíduo ou um grupo, geralmente ocorrido quando há desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.

Muitas pessoas questionam a importância de crianças e jovens aprenderem a se defender de apelidos pejorativos, ameaças e “brincadeiras de mau gosto”, que sempre fizeram parte da história escolar de qualquer pessoa. Porém, é comprovado através de inúmeras pesquisas, que indivíduos que sofreram bullying, desenvolvem problemas, não só de autoestima, como psicológicos mais graves, desencadeando doenças como a depressão e síndrome do pânico.

Embora as principais vítimas sejam crianças e adolescentes e que geralmente ocorra em ambiente escolar, pode também acontecer em casa ou em empresas, e com pessoas adultas. Por trás, uma necessidade indisfarçável de autoafirmação ou/e preconceito e discriminação. A autoafirmação no sentido de que humilhar pessoas consideradas “inferiores” faz bem aos praticantes, e preconceito, pois a violência geralmente é destinada a indivíduos de outro sexo, raça, religião ou crença em geral. A diversidade muitas vezes não é tolerada, segundo estudo realizado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP (FEA).

Agir a tempo se faz imprescindível e para isso, em primeiro lugar deve-se saber diferenciar uma prática de bullying de um acontecimento isolado e corriqueiro. Tanto na criança, quanto no adulto, algumas reações são comuns, como por exemplo, a resistência a ir a determinados lugares que sempre fizeram parte do cotidiano, inquietação, baixa de rendimento nas atividades normais, alterações de sono ou na alimentação, irritação excessiva e alterações de humor. Identificado, é preciso buscar apoio profissional, seja com a direção da escola ou com os pais (no caso de crianças e adolescentes), seja com a direção da empresa (no caso de adultos), ou ainda, ajuda de profissionais como psicólogos, que saberão auxiliar na elaboração da dificuldade.

Mas independente de qualquer outra ação corretiva, é importante atitudes profiláticas e entre elas, a mais importante: a mudança de valores! É fundamental que os seres humanos, desde a infância, aprendam a conviver com a diversidade! A dessemelhança e a oposição precisam ser admitidas, pois fazem parte da existência.

Lisandra Pioner
Professora, Psicopedagoga Clínica e Institucional e autora do blog http://www.psicopedagogiapoa.blogspot.com.br
 
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/meufilho/2012/07/10/o-quanto-voce-sabe-sobre-o-bullying/?topo=52,1,1,,165,e165
 
 
 

Justiça Federal condena UNIR e professores por bullying a universitário




A Fundação Universidade Federal de Rondônia, UNIR, foi condenada pela prática de bullying contra a pessoa do universitário Rafael Santos Rodrigues Vieira, estudante do curso de medicina, no curso de uma ação ordinária que tramitou na Justiça Federal. Assina a decisão o juiz Alysson Maia Fontenelle, titular da primeira vara. Segundo o magistrado, “bullying é um ato consciente, hostil, repetitivo e deliberado que tem um objetivo: ferir os outros e angariar poder através da agressão. É à luz dessa premissa, de cunho psíquico e sociológico, que estou certo de que, no caso em julgamento, resta plenamente configurada a prática de bullying contra o autor”. Na mesma sentença, foram condenados, também, dois professores universitários, que, proporcionalmente, deverão pagar ao autor da ação a quantia de R$ 30.000,00, a título de reparação por dano moral causado ao acadêmico.


Em juízo o estudante alegou que prestou vestibular em 2009 para o curso de Medicina da UNIR e que, inconformado com sua nota na redação, requereu revisão da prova, tendo a UNIR constituído uma banca examinadora, composta por professores-doutores, para reavaliar sua prova. A comissão concluiu que houve erros na correção da prova, tendo elevado a nota do acadêmico, o que fez com que ele passasse para o 25º lugar na classificação final do vestibular. Todavia, mesmo diante da reclassificação, o seu pedido de matrícula foi indeferido pelo Departamento de Medicina, sob o argumento de que todas as vagas já teriam sido preenchidas. Diante da negativa de matrícula, Rafael Vieira impetrou Mandado de Segurança e conseguiu ser matriculado através de decisão liminar. A partir desse momento, por não aceitarem os réus a decisão judicial que autorizou a matrícula de Rafael, teria começado de forma ostensiva, todo tipo de constrangimento e agressão, verbal e psicológica, com o intuito de forçar a sua exclusão do curso. Segundo o estudante, no meio universitário ele era chamado de “janeleiro”, “Mandado de Segurança” e de “reclassificado”.


Consta dos autos do processo que o ingresso dos estudantes no curso de Medicina pela via judicial causou incômodo à comunidade universitária e gerou revolta contra a Administração Superior da UNIR e em conseqüência eles passaram a sofrer diversas represálias e ofensas, tais como: tratamento diferenciado que lhe foi dispensado pelos professores, indiferença dos demais colegas de sala, com a criação de comunidades virtuais nas quais sua imagem era cortada e troca de e-mail’s e senhas para os quais materiais de aula eram enviados, a fim de que não pudesse a eles ter acesso, prejudicando com isso seu desenvolvimento acadêmico, deliberação da assembléia de docentes para que seu nome não fosse incluído em lista de chamada e suas provas não fossem corrigidas; proibição de assistir à aula de Bioética, feita pelo próprio professor da disciplina e, até então, ocupante também da função de chefe do Curso de Medicina, sob a alegação de que o autor não possuía ética para estar presente à aula; e recebimento de documento oficial subscrito por professor, que, a pretexto de responder a um requerimento do autor, acabou por fazer consignar desabafo pessoal para externar sua indignação com a sua situação na universidade. Duas vezes notificada pelo estudante Rafael Vieira, que por essa via tentou sanar as agressões e humilhações sofridas, a UNIR se manteve inerte e não tomou nenhuma providência diante dos constrangimentos sofridos pelo universitário.


No bojo da sentença condenatória, concluiu o juiz não ter dúvidas de que tais condutas constituem, à evidência, atos lesivos à honra do autor, suficientemente robustos para justificar a dor, o sofrimento e a humilhação a que fez alusão em seu relato na petição inicial.



Autor: Justiça Federal

Fonte: http://www.rondonoticias.com.br/ler.php?id=111118