Bem-vindo!! Desde 05/04/2011 você é o visitante nº:

domingo, 5 de junho de 2011

Alfabetização emocional para combater o bullying




Atenção emocional ao aluno é considerada por especialista fundamental para a prevenção e combate ao bullying nas escolas. Trazer a questão para discussão em sala de aula, envolver vítimas e agressores em atividades extras é apontado pela psicóloga  especialista em Educação Inclusiva Maris Eliana Dietz de Oliveira estratégias necessárias para não deixar os casos de bullying passarem despercebidos. “Educar para a vida é alfabetizar emocionalmente também”, defende.

Problematizar e sensibilizar educadores e outros profissionais para a questão é defendido por especialistas como forma de aprender a diferenciar a prática de preconceito e indisciplina, saber nomear.  “Como alguém pode sofrer tanto e os adultos não terem conhecimento?”, questiona a psicóloga. Para Maris Dietz, o envolvimento dos pais e professores sobre o que se passa na escola é fundamental para evitar tanto comportamentos agressivos quanto dar apoio a quem sofre bullying. 
“Além do atendimento ao aluno na escola, é preciso acompanhamento fora também.” Nesses casos, normalmente a vítima não consegue falar o que está a­contecendo e seria necessário fortalecer esse jovem para que ele possa se defender sem atacar outras pessoas. “Precisamos traduzir esse silêncio.” Segundo ela, entre os sintomas, a criança que sofre bullying pode apresentar ce­faleia, inapetência, depressão e queda do rendimento escolar.

“Os espectadores também, não só a vítima, podem ajudar a identificar a prática e ajudar a trabalhar junto”, explica. Já o agressor tem sido trazido para perto para deixar de chamar atenção de forma negativa, como avaliou a psicóloga. O comportamento que caracteriza  bullying é classificado por ser intencional, repetitivo e sem motivo aparente, pode aumentar “com a faixa etária e existe em 100% das escolas”.

 Crianças e adolescentes que já foram vítimas podem apresentar baixa autoestima, adquirir sérios problemas de relacionamento, até mesmo tentar ou cometer suicídio. Segundo Maris Dietz, a atenção a esse aluno, além de fortalecer, faz com que ele não se sinta sozinho para superar. “É preciso fortalecer para ter voz ativa. Nem sempre ele será protegido pelos muros da escola.”

Sobre o tema, ocorre nos dias 9 e 10 de junho, no Teatro Rio Vermelho do Centro de Cultura e Convenções, o 1° Congresso Goiano de Combate ao Bullying. O evento é promovido pelo Instituto Nova Vida (Inov) – organização civil de direito privado sem fins lucrativos – e tem entre os objetivos divulgar as formas de prevenção e combate – que tem sido discutido com maior frequência após o massacre na escola de Realengo, no Rio de Janeiro, ocorrido há quase dois meses.

Especialistas renomados na área, como a psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, que é presidente da Associação dos Estudos do Distúrbio do Déficit de Atenção, participarão com palestras. A expectativa é que duas mil pessoas participem. As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo site www.inov.org.br ou pelos telefones (62) 3218-2080 e (62) 9924-3561. O custo da inscrição é 100 reais, estudantes pagam 60 reais. (Katherine Alexandria, estagiária da UFG)


Nenhum comentário:

Postar um comentário