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segunda-feira, 30 de maio de 2011

O bullying: família x escola

O bullying que só recentemente vem sendo estudado no Brasil é um problema mundial que vem sido largamente estudado há vários anos. Definido como um conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetidas, por ocorrem sem um motivo evidente e adotado por um ou mais alunos contra outros, causando dessa forma sentimentos negativos como raiva, angustia, sofrimento e em alguns casos queda do rendimento escolar (FANTE,2005).
Segundo Fante (2005) o bullying escolar se resume em insultos, intimidações, apelidos constrangedores, gozações que magoam profundamente, acusações injustas, atuações em grupo que hostilizam e ridicularizam a vida de outros alunos, levando-os à exclusão, além de danos físicos, psíquicos, danos na aprendizagem.
Decerto muitos psicólogos chamam o bullying de violência moral por permitir  diferenciá-lo de brincadeiras entre iguais, propício do desenvolvimento de cada um. Com isso fica evidente que aqueles que possuem alguma diferença em relação ao grupo, como obesidade, deficiência física, inteligência acima da media ou dificuldades de aprendizagem, são alvos essenciais para as agressões.
Fazendo uma análise do ambiente escolar, percebe-se sua importância para as crianças e as que não gostam da escola tem a maior probabilidade de apresentar desempenho insatisfatório, por estes motivos é que a aceitação por parte dos colegas na escola é fundamental para um bom desempenho escolar.
Outro fato bastante importante é observar aqueles alunos denominados testemunhas. São aqueles que não estão envolvidos diretamente nas agressões do bullying, mas que presenciam os acontecimentos dentro ou fora da sala de aula e normalmente tendem a ficar calados por medo de serem as próximas vítimas.
De acordo com Fante (2005), grande parte das testemunhas sente simpatia pelos alunos alvos do bullying e condena o comportamento dos alunos autores, mas o medo exerce tanta força sobre os mesmos que não adianta tentar forçar uma confissão.
De certa forma, quando alguém estiver interessado em descobrir algum caso de agressão na escola, deve- se observar os grupos de alunos na hora do intervalo. Embora casos de meninas como autores de bullying sejam raros,ou seja, há um predomínio do sexo masculino, já como vítimas não há essa diferença, pois tanto os meninos quanto as meninas servem de vítimas para os autores.
O professor, assim como os pais, devem sempre demonstrar a importância do respeito mutuo, do diálogo, da justiça, da solidariedade, assim como trabalhar as diferenças e os direitos das crianças em sua sala de aula. Um ambiente escolar favorável a todos certamente implicará em um bom desempenho escolar para todos os alunos, pois quando não há intervenções eficazes contra o BULLYING, o espaço escolar torna-se totalmente corrompido.
Ao contrário do que muitos pensam, não é somente as vítimas do bullying que sofrem as conseqüências. Os agressores e as testemunhas também podem sofrer as conseqüências tanto no âmbito emocional quanto na aprendizagem.
Trata-se, portanto, de um fenômeno comportamental que atinge o ego de todos, pois envolvem suas vítimas de tal forma que as tornam reféns da ansiedade e insegurança.
Acredito que para se combater ou prevenir o bullying na sala de aula ou em qualquer lugar é necessário que a família exerça o seu papel de educador, difundindo o que é moral, respeito ao próximo, sobre a aceitação das diferenças e cabe a família trabalhar esses conceitos com seus filhos.
A escola atualmente está fazendo o papel que por obrigação é da família e dessa forma não consegue exercer direito nem o papel dela, o de mediador de conhecimentos afins para o mercado de trabalho, a vida social.
Com isso, os pais devem se conscientizar de suas obrigações também para auxiliar no combate ao Bullying ao invés de apenas se sentirem vítimas, esquecendo que a negligência também é co-autora na prática do bullying.
Então  os pais devem incentivar o filho a falar, ir à escola e buscar uma solução que envolva toda a comunidade escolar. É lógico que isso só será possível se a escola tiver como lema a não aceitação do bullying, mas é bom lembrar que o bullying ocorre em todas as escolas.
Muitas vezes o que acontece na rua ou escola é um reflexo do que a criança convive em casa.  Se a criança é tratada com gritos, tapas ou presencia cenas de violência em casa, ela acredita que esse tipo de comportamento funciona e muito comum, portanto ela acredita que repetir tal comportamento na escola não é nada demais.
Um erro comum a muitos pais é acreditar as crianças dos outros sempre serão os errados e seu filho jamais agiu de forma errada, e se por ventura fez algo do tipo, "foram os colegas que procuraram". Enfim, alguns não sabem os que filhos são realmente ou fingem não saber.
O bullying praticado por crianças, não é menos impactante e outra inverdade é que acreditar a pessoa que pratica bullying, o faz por sentir-se infeliz consigo mesma. Em todos esses anos de pesquisas, foi concluído que os praticantes têm uma auto-estima muito elevada. O que eles desejam é projetar seu poder sobre alguém que, por alguma razão, não dispõe de meios para se defender. Não adianta tentar achar o culpado e sim acabar com a prática.

Referência Bibliográfica
NETO, A.L. Diga não ao bullying. 5 ed. Rio de Janeiro, ABRAPIA, 2004.

Fonte: 
http://www.artigonal.com/educacao-infantil-artigos/o-bullying-familia-x-escola-4832134.html

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