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quinta-feira, 5 de maio de 2011

Maior incidência de bullying nas escolas públicas está entre alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental


Dados são da pesquisa realizada pelo Ministério Público Estadual para elaboração da cartilha "Bullying não é brincadeira"



Uma pesquisa realizada pelo Ministério Público Estadual (MPE) mostra que o bullying faz parte do dia a dia das crianças das redes estadual e municipais de ensino. A pesquisa foi feita em 2010 para ser apresentada junto com a cartilha "Bullying não é brincadeira", lançada no início de 2011, e apresenta dados específicos sobre o problema, como o fato dos alunos do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental serem os que mais sofrem.

Maria Cristina Rocha Pimentel, promotora do MPE e dirigente do Centro de Apoio de Implementação das Políticas de Educação, ressaltou que o problema "é mais comum do que a gente imagina". A pesquisa foi enviada para as todas as escolas públicas dos 78 municípios do Estado, "mas só 56 municípios responderam. Não fizemos com as escolas particulares, mas tudo indica, pelas denúncias, que é grande o número de alunos vítimas de bullying na rede privada", explica a promotora.
Segundo a pesquisa, 60% dos alunos que sofrem bullying nas escolas públicas são do 1º ao 5 ano do Ensino Fundamental. Do 6º ao 9º ano estão 32% das vítimas. O Ensino Médio fica com 8% dos casos. "Podemos afirmar que as séries iniciais são as que tem maior incidência do bullying", afirma Maria Pimentel. De acordo com a promotora, outros fato que chamou a atenção na pesquisa foi a idade dos agressores. Entre as idade de 11 e 17 anos estão 65 %  dos agressores. Quanto aos maiores de 18 anos, a promotora relata que foi identificado um percentual muito pequeno de vitimas.




 A pesquisa também mostrou que o maior número de agressões são as psicológicas, "que são a verbal e a moral, e também foi percebido um percentual mínimo, mas significante, do cyberbullying na internet e no celular", pontua a promotora. Maria Pimentel ressaltou também o comportamento das testemunhas do bullying. Segundo ela, "32% dos alunos que testemunham a agressão, omite o fato ou faz de conta que nada aconteceu. 42 % riem e se divertem. Mas muito poucos denunciam aos diretores."

Os alunos que mais são vítimas de bullying são "aqueles considerados fora dos padrões normais, como estatura e tipo físico e também aqueles com necessidades especiais. Também existe grande incidência bullying com os alunos de baixa renda e com os que são tímidos", relata a promotora. Maria Cristina Rocha Pimentel destaca que o bullying ultrapassa a brincadeira e que existem regimentos nas escolas classificando as infrações. "Se o que chamam de brincadeira de mau gosto começa a se repetir, passa a ser uma prática de bullying. Pode ser aplicada advertência verbal ou escrita para aluno na presença do familiar. Se evoluir para agressão física já é um ato infracional."

Fonte: http://t.co/FDdqiL9
Patrícia Vallim - Rádio CBN Vitória (93,5 FM)



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