RIO
- A vida de X, 13 anos, virou uma rotina de sofrimento desde o início
do ano. O jovem, que saiu do Rio de Janeiro para a casa dos avós, no
interior do estado, passou a sofrer bullying desde o primeiro dia de
aula no novo colégio.
A história, que se repete a cada dia nas escolas brasileira, chamou a
atenção da desembargadora Leila Mariano. No ano passado, ela organizou
um curso de mediação de conflitos escolares para educadores fluminenses,
na Escola da Magistratura do Estado do Rio de Janeiro (Emerj), que
mereceu menção honrosa do Innovare.
- No primeiro momento, queríamos a diminuição da judicialização dos
conflitos escolares. Hoje, na Justiça, há ações para discutir problemas
entre alunos, professores e diretores que se sentiram atacados nas redes
sociais. São conflitos sensíveis nem sempre resolvidos pela solução
judicial - explica a desembargadora.
O projeto começou em julho de 2011, quando uma escola particular
procurou a Emerj com a demanda. A primeira turma contou com
especialistas ingleses e argentinos que discutiram os efeitos do
bullying no ambiente escolar. Hoje, mais de 200 educadores já passaram
pelos bancos da Emerj entre profissionais da rede privada e estadual.
Para a magistrada, com o advento das redes sociais, o que antes era
brincadeira ou provocação entre colegas de escola se torna uma agressão
séria. Ela defende que a escola deve reassumir o papel de protagonista
na mediação de conflitos.
- O paradigma mudou a partir das redes sociais. A pressão é 24 horas
por dia em cima das vítimas. Isso causa traumas profundos - explica.
Leila Mariano afirma que a menção fortalece a iniciativa:
- Que o prêmio traga luz a esse problema que deve ser encarado com a
participação conjunta da família, da escola e dos órgãos públicos.
Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/curso-media%C3%A7%C3%A3o-conflitos-trata-bullying-004300428.html
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