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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Timidez e bullying são temas de livro infantojuvenil




Uma família tradicional, um casarão e um menino que é, no entender de todos, um pouco "estranho". É a partir desses elementos que o jornalista e escritor Ricardo Viveiros constrói a história de Aldebaran, um garoto introspectivo que transcende a timidez e vence o bullying ao descobrir que tem um dom especial.

É este o enredo de "O menino que lia nuvens", livro em que Viveiros oferece ao jovem leitor temas pouco usuais no universo da literatura infantojuvenil. Esta é sua quarta obra para esse público.

Desde muito pequeno, Aldebaran chamava a atenção por seu jeito quieto e bem comportado. Quando adolescente, torna-se um excelente aluno que, devido à sua introspecção, passa a ser discriminado por colegas da vizinhança, da escola e do clube que sua família frequenta. Sofria bullying pelo seu jeito diferente de ser.

Nesse processo de se sentir cada vez mais solitário, desperta um dom especial. Ao observar atentamente as nuvens, Aldebaran começa a perceber que era capaz de lê-las como quem lê um livro. E que algumas coisas que ele lia no céu acabavam por acontecer.

Rapidamente, o dom da premonição torna o menino popular entre os colegas. Mas alguns mistérios permanecem no ar. Durante toda a história, apenas a babá, a avó e o pai de Aldebaran são mencionados. Nada se sabe sobre sua mãe. Não há, sequer, um único retrato dela pela casa, até que um dia, já adolescente, o garoto resolve entrar em um sótão no qual nunca havia estado...

Para ilustrar a obra, o renomado artista gráfico Cárcamo fez algo incomum na literatura infantojuvenil brasileira: aquarelas. Além disso, as belas ilustrações têm algo muito especial no livro: quem as olha consegue ver o que é invisível em cada cena, exatamente como Aldebaran consegue fazer ao vislumbrar as nuvens.

Do ponto de vista da linguagem, "O menino que lia nuvens" Viveiros faz pensar sobre o que é, de fato, a normalidade, pois ter algo diferente, estranho ou único é ponto básico da condição humana ¿ ou seja, da própria ideia do que é normal.

O autor
Ricardo Viveiros nasceu no Rio de Janeiro em 1950, mas mora em São Paulo desde 1976. Sua infância foi de um típico garoto carioca, brincando na rua,andando de bicicleta, jogando bola, subindo em árvores e namorando. O gosto pelos estudos só era superado pelo encantamento por histórias lidas em livros ou ouvidas dos mais velhos, o que sedimentou o caminho para a carreira de jornalista e escritor. Viveiros trabalhou em jornais, revistas, rádios e TVs, e atuou ainda como ator, professor, diretor de museu, palestrante e produtor artístico. Escreveu 32 livros em vários gêneros, como: Poesia, Reportagem, Biografias, História, Arte e Crônicas, além dos quatro infantojuvenis ("O poeta e o passarinho", ilustrado por Rubens Matuck, em 4ª edição e recomendado pelo Itaú Social; "Saudade", ilustrado por Zélio Alves Pinto; "Como encontrar uma linda princesa", ilustrado por Alexandre Rampazo, e, agora, "O menino que lia nuvens").

O ilustrador

Gonzalo Cárcamo nasceu na cidade de Los Angeles, no sul do Chile. Chegou ao Brasil em 1976. Já fez caricaturas e ilustrações para vários jornais, revistas e livros no Brasil, na Espanha e no Chile. Conquistou alguns prêmios como caricaturista e ilustrador. Tem verdadeira paixão por escrever, pintar aquarela e ilustrar livros para crianças. É também autor e ilustrador de algumas histórias publicadas como: Modelo vivo, natureza morta, Lorotas da Cabra Gabi, A Fantasia do Urubu Beleza, Gelo nos trópicos e Thapa Kunturi. Adaptações de: O amigo Fiel, de Oscar Wilde, De quanta terra precisa o Homem de Fábulas, do autor L. Tolstoi e A Pedra na praça.



Fonte:  http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia/571685/timidez-e-bullying-sao-temas-de-livro-infantojuvenil



quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Sofrer bullying de irmão na infância pode levar à depressão na vida adulta, diz estudo


Sofrer bullying de forma repetitiva por um irmão pode levar à depressão na vida adulta, revelou um novo estudo. Pesquisadores britânicos entrevistaram cerca de 7 mil crianças de 12 anos sobre se já haviam sido vítimas de xingamentos, agressões ou calúnias por parte de seus irmãos.



O grupo foi acompanhado até completar 18 anos quando foram, então, questionados sobre sua saúde mental.
Segundo especialistas, os pais têm de tratar a rivalidade entre irmãos para evitar excessos.
Pesquisas anteriores já haviam sugerido que vítimas de bullying de colegas são mais suscetíveis à depressão, ansiedade e auto-mutilação.

O novo estudo, no entanto, diz ter sido o primeiro a associar o impacto do bullying praticado por irmãos durante a infância a problemas psiquiátricos no início da fase adulta.
Pesquisadores das Universidades de Oxford, Warwick, Bristol e College London enviaram questionários a milhares de famílias com crianças de 12 anos de idade em 2003-2004.

Ao final de um período de seis anos, eles avaliaram o estado mental dos entrevistados.
No caso de famílias com mais de um filho, as crianças tinham de responder sobre se foram vítimas de bullying por seus irmãos. O questionário dizia: “Isso (bullying) acontece quando teu irmão ou tua irmã tenta te chatear dizendo coisas desagradáveis e dolorosas, ou te ignora completamente quando está diante dos amigos dele(a); te bate, te chuta, te empurra ou te persegue, conta mentiras ou inventa boatos sobre tua vida.”

Probabilidade
A maioria das crianças afirmou não ter sido vítima de bullying. Desse total, aos 18 anos, 6,4% tinha algum tipo de depressão, 9,3% sofria ansiedade e 7,6% já haviam se automutilado no ano anterior à pesquisa.
Já as 786 crianças que afirmaram ter sofrido bullying por seus irmãos várias vezes durante a semana apresentaram o dobro das taxas das outras crianças.

Nesse grupo, 12,3% tinham algum tipo de depressão, 14% haviam se automutilado e 16% diziam sofrer de ansiedade.
As meninas tinham maior propensão a ser vítimas de bullying do que os meninos, sobretudo em famílias onde havia três ou mais crianças.

Ainda de acordo com a pesquisa, os irmãos mais velhos normalmente eram os culpados pelos episódios de bullying.
Em média, as vítimas afirmaram que o bullying entre irmãos tinha começado aos oito anos.

Excessos
Responsável pela pesquisa, Lucy Bowes, da Universidade de Oxford, afirmou que, embora os pesquisadores não tenham podido concluir que o bullying entre irmãos causa depressão, o resultado foi significativo.

- Temos de mudar nossa postura quanto a esse problema. Se isso (bullying) ocorre na escola, haverá desdobramentos para o indivíduo durante a vida adulta.
- Tal comportamento pode causar um dano a longo prazo. Precisamos fazer mais pesquisas, mas os pais também precisam ouvir mais seus filhos.
- Não estamos falando de nenhum tipo de brincadeira que normalmente se restringe ao círculo familiar, mas incidentes que se repetem várias vezes durante a semana, nos quais as vítimas são ignoradas pelos irmãos ou submetidas a abusos verbais e até mesmo violência física.

Fonte: http://correiodobrasil.com.br/destaque-do-dia/sofrer-bullying-de-irmao-na-infancia-pode-levar-a-depressao-na-vida-adulta-diz-estudo/727208/